segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Série Os Bridgertons - Parte Dois


Trago para vocês a continuação das resenhas da série Os Bridgertons, da Julia Quinn.


Para Sir Phillip, com amor Sinopse: “Eloise Bridgerton é uma jovem simpática e extrovertida, cuja forma preferida de comunicação sempre foram as cartas, nas quais sua personalidade se torna ainda mais cativante. Quando uma prima distante morre, ela decide escrever para o viúvo e oferecer as condolências. 

Ao ser surpreendido por um gesto tão amável vindo de uma desconhecida, Sir Phillip resolve retribuir a atenção e responder. Assim, os dois começam uma instigante troca de correspondências. Ele logo descobre que Eloise, além de uma solteirona que nunca encontrou o par perfeito, é uma confidente de rara inteligência. E ela fica sabendo que Sir Phillip é um cavalheiro honrado que quer encontrar uma esposa para ajudá-lo na criação de seus dois filhos órfãos. 

Após alguns meses, uma das cartas traz uma proposta peculiar: o que Eloise acharia de passar uma temporada com Sir Phillip para os dois se conhecerem melhor e, caso se deem bem, pensarem em se casar?” 

Esse livro começa praticamente onde o antecessor parou. Eloise foge da festa que está sendo dada no final do livro de Colin – e perde a grande revelação – ao fugir para visitar Sir Philip. Assim como Penelope era, Eloise é uma solteirona de 28 anos que todos praticamente já perderam a esperança dela se casar. 

Mas o que ninguém sabe é da existência de Sir Philip e sua proposta. Agora que sua melhor amiga casou-se com seu irmão, Eloise sente que alguma coisa está faltando – e tem uma pontada de ciúmes ao saber que não teria mais sua amiga para ser solteira com ela pelo resto da vida. Assim, sem pensar, Eloise resolve dar uma chance para o homem que troca cartas há um tempo. 

Porém ambos são surpreendidos ao se conhecerem. Eles não são nenhum um pouco como imaginavam. Philip é um pouco bruto, com um ar rural e que tem dois filhos que aprontam mais que uma pessoa pode suportar – tudo para conseguir um pouco de atenção do pai. Já Eloise tem uma personalidade forte e parece que sempre tem algo a dizer. O que antes parecia perfeito, agora não é mais. 

Ao passar os dias e lidando com duas crianças terríveis, uma química inegável parece surgir entre o casal. Assim, entre trancos e barrancos, o que parecia dar errado de repente começa a parecer certo. 

Gostei muito desse livro principalmente pela personalidade de Eloise. Ela é uma mulher decidida e que não caiu nos encantos das propostas de casamento que recebeu e vai em busca de sua felicidade. Outro fator que ajudou muito foi sair um pouco do cenário de Londres e mostrar um protagonista homem um pouco diferente, que caiu perfeitamente bem com a personalidade da nossa protagonista. Mais uma vez, os irmãos Bridgertons aparecem e garantem boas cenas ao tentar proteger a virtude da irmã. Senti que nesse livro também Julia colocou um pouco mais de maturidade, saindo um pouco do tudo é perfeito, saído do conto de fadas e um pouco mais pé no chão. 



O Conde Enfeitiçado – Sinopse: “Toda vida tem um divisor de águas, um momento súbito, empolgante e extraordinário que muda a pessoa para sempre. Para Michael Stirling, esse instante ocorreu na primeira vez em que pôs os olhos em Francesca Bridgerton. 

Depois de anos colecionando conquistas amorosas sem nunca entregar seu coração, o libertino mais famoso de Londres enfim se apaixonou. Infelizmente, conheceu a mulher de seus sonhos no jantar de ensaio do casamento dela. Em 36 horas, Francesca se tornaria esposa do primo dele. 


Mas isso foi no passado. Quatro anos depois, Francesca está livre, embora só pense em Michael como amigo e confidente. E ele não ousa falar com ela sobre seus sentimentos a culpa por amar a viúva de John, praticamente um irmão para ele, não permite. 

Em um encontro inesperado, porém, Francesca começa a ver Michael de outro modo. Quando ela cai nos braços dele, a paixão e o desejo provam ser mais fortes do que a culpa. Agora o ex-devasso precisa convencê-la de que nenhum homem além dele a fará mais feliz.” 

Assim como o antecessor, senti que esse livro também tem uma pegada mais madura. Talvez pelas protagonistas mais velhas e que já possuem uma certa história não só focada no amor perfeito. 

Adorei a Francesca!!! Uma pena que nos outros livros ela quase não aparece, porque realmente é uma das melhores protagonistas. Ela tem uma sensualidade de uma mulher madura e que sabe o que está fazendo – apesar de no começo lutar contra a química que parecia surgir entre ela e Michalel. E ele não fica para trás. Esses dois têm uma química incrível – e não é a toa que esse é o livro mais hot. 

Nesse livro também temos a participação especial de Colin – ele sempre faz tudo ser mais interessante – e acredite ou não, dando conselhos amorosos. Michael também é diferente dos outros protagonistas. Talvez por esconder sua paixão por tanto tempo e pelo modo como adora Francesca. 

Esse com toda certeza é um dos melhores livros da série e acredito que esteja no lugar certo na ordem devido sua maturidade, mas sem perder aquele toque que nos faz suspirar por essa série. 



Um Beijo Inesquecível Sinopse: “Num recital, Hyacinth conhece o belo e atraente Gareth St. Clair, neto de sua amiga Lady Danbury. Para sua surpresa, apesar da fama de libertino, ele é capaz de manter uma conversa adequada com ela e, às vezes, até deixá-la sem fala e com um frio na barriga. 

Porém Hyacinth resiste à sedução do famoso conquistador. Para ela, cada palavra pronunciada por Gareth é um desafio que deve ser respondido à altura. Por isso, quando ele aparece na casa de Lady Danbury com um misterioso diário da avó italiana, ela resolve traduzir o texto, que pode conter segredos decisivos para o futuro dele. 

Nessa tarefa, primeiro os dois se veem debatendo traduções, depois trocando confidências, até, por fim, quebrarem as regras sociais. E, ao passar o tempo juntos, eles vão descobrir que as respostas que buscam se encontram um no outro... e que não há nada de tão simples e de tão complicado quanto um beijo.” 


Estamos chegando ao final da série dos irmãos Bridgertons! E Hyacinth, apesar de ter uma personalidade única por ser a mais nova – sempre tagarela e com uma curiosidade ímpar – a protagonista não conseguiu me conquistar. Esperava muito o livro dela justamente por ser uma figura tão diferente entre a família e acabei ficando um pouco decepcionada. 

Apesar de ter uma história que se encaixe completamente com sua personalidade, assim como um par romântico que constantemente a desafia, parece que o livro faltou um algo a mais, uma certa magia. Não conseguiu me prender tanto quanto os outros e o casal parecia faltar uma certa química – não por incompatibilidade, mas pela forma que foi escrito mesmo. 

Fiquei muito chateada com isso, principalmente depois de ler o livro maravilhoso da Francesca. Mas apesar disso, o livro contém bons momentos, principalmente quando Hyacinth divide a cena com Lady Danbury. 

Uma pena que isso tenha acontecido, principalmente porque os livros de antes conseguiram me prender do começo ao fim. Mesmo assim, vale a pena a leitura para saber um pouco mais dos Bridgertons, principalmente da nossa matriarca Violet. 



A Caminho do Altar – Sinopse: "Ao contrário da maioria de seus amigos, Gregory Bridgerton sempre acreditou no amor. Não podia ser diferente: seus pais se adoravam e seus sete irmãos se casaram apaixonados. Por isso, o jovem tem certeza de que também encontrará a mulher que foi feita para ele e que a reconhecerá assim que a vir. E é exatamente isso que acontece. 

O problema é que Hermione Watson está encantada por outro homem e não lhe dá a menor atenção. Para sorte de Gregory, porém, Lucinda Abernathy considera o pretendente da melhor amiga um péssimo partido e se oferece para ajudar o romântico Bridgerton a conquistá-la. 

Mas tudo começa a mudar quando quem se apaixona por ele é Lucy, que já foi prometida pelo tio a um homem que mal conhece. Agora, será que Gregory perceberá a tempo que ela, com seu humor inteligente e seu sorriso luminoso, é a mulher ideal para ele?" 

Gente, fiquei frustrada. Assim como aconteceu com o livro de Hyacinth, a história de Gregory não conseguiu me encantar totalmente. Isso me irritou muito, porque justamente nos dois últimos livros, que era para acabar com tudo, senti que as histórias decaíram. 

Lucy é uma ótima protagonista. O problema mesmo foi Gregory que no começo me irritou profundamente – mas ele melhora ao decorrer do livro. Porém quando o livro parece engatar e começar a chamar atenção, já estamos mais da metade dele. Falta alguma coisa e o final me deixou cheia de suspiros. Culpo isso ter acontecido por causa de Eloise e Francesca que apresentaram versões mais maduras de suas histórias e acabou aumentando minha expectativa.

O final é fofinho e o par romântico parece funcionar. Acho que o problema foi comigo mesmo! Mas no final o livro passa até que relativamente rápido e dá um final satisfatório para a saga dos oito irmãos. 


E Viveram Felizes para Sempre Sinopse: “Alguns finais são apenas o começo...Era uma vez uma família criada por uma autora de romances históricos... Mas não era uma família comum. Oito irmãos e irmãs, seus maridos e esposas, filhos e filhas, sobrinhas e sobrinhos, além de uma irresistível matriarca. Esses são os Bridgertons: mais que uma família, uma força da natureza. Ao longo de oito romances que foram sucesso de vendas, os leitores riram, choraram e se apaixonaram. Só que eles queriam mais. Então começaram a questionar a autora: O que aconteceu depois? Simon leu as cartas deixadas pelo pai? Francesca e Michael tiveram filhos? O que foi feito dos terríveis enteados de Eloise? Hyacinth finalmente encontrou os diamantes? A última página de um livro realmente tem que ser o fim da história? Julia Quinn acha que não e, em E viveram felizes para sempre, oferece oito epílogos extras, todos sensuais, engraçados e reconfortantes, e responde aos anseios dos leitores trazendo, ainda, um drama inesperado, um final feliz para um personagem muito merecedor e um delicioso conto no qual ficamos conhecendo melhor ninguém menos que a sábia e espirituosa matriarca Violet Bridgerton. Veja como tudo começou e descubra o que veio depois do fim desta série que encantou leitores no mundo inteiro.” 

Esse é na verdade um livro extra. Julia Quinn traz nele um conto de cada casal para contar o que aconteceu com eles depois do Felizes para sempre e ainda tem um extra de nossa matriarca Violet. Nesse conto, ela traz algumas respostas e nos dá um verdadeiro final feliz! Os contos são curtos e super rápidos de ler e não decepcionam. Até dos livros que menos gostei os contos me surpreenderam. 

Gente, esse livro restaurou minha fé na série depois dos dois últimos! Cada conto traz um que especial e foi maravilhoso ter esse gostinho a mais. Alguns possuem uma narrativa leve, como de Kate e Anthony, que trazem mais uma vez jogo mais incrível e disputado entre a família. No de Benedict e Sophie temos respostas para uma personagem secundária maravilhosa! Com Daphne e Simon descobrimos o que estava escrito nas cartas do pai dele. O de Francesca é MARAVILHOSO!!!!! Chorei horrores! O de Eloise descobrimos o que aconteceu com os filhos de Philip e chega até a aquecer o coração a narrativa! Também temos a participação dela no conto de Colin (amor da vida!) e Penelope quando iremos saber como a melhor amiga descobre sobre Lady Whistledown Descobrimos finalmente se Hyacinth encontra ou não os diamantes e de Gregory vemos seu companheirismo com sua irmã em um dos partos de Lucy. 

Mas o de Violet é especial!!!! Como é maravilhoso o conto dela! Vemos o começo de seu relacionamento com Edmund e como ela já era uma força da natureza desde nova. Ver como ela envelheceu sem ter seu amor ao seu lado, mas com uma família feliz e enorme é lindo. O final me fez chorar muito e foi perfeito o desfecho dado pela autora para essa família tão especial. Vale muito a pena ler e saber como ficou a vida de cada casal depois da ultima página. O final é lindo e emocionante e mostra mais uma vez como os laços dessa família são eternos. Só posso dizer que terminamos essa série com uma sensação de quero mais deliciosa! Leiam essa série do começo ao fim e não irão se arrepender – principalmente aqueles que são românticos inegáveis! 

Dica: leia esse livro somente depois de ler todos os 8 principais. Os contos não são em ordem cronológica e podem conter spoilers!


Mavi Tartaglia

Resenha A resposta



Sinopse: "Uma história de otimismo ambientada no Mississippi em 1962, durante a gestação do movimento dos direitos civis nos EUA. 
Eugenia Skeeter Phelan acabou de se graduar na faculdade e está ansiosa para tornar-se escritora, mas encontra a resistência da mãe, que quer vê-la casada. Porém, o único emprego que consegue é como colunista de dicas domésticas do jornal local. É assim que ela se aproxima de Aibellen, a empregada de uma de suas amigas. Em contanto com ela, Skeeter começa a se lembrar da negra que a criou e, aconselhada a escrever sobre o que a incomoda, tem uma ideia perigosa: escrever um livro em que empregadas domésticas negras relatam o seu relacionamento com patroas brancas. 
Mesmo com receio de prováveis retaliações, ela consegue a ajuda de Aibileen, empregada que já ajudou a criar 17 crianças brancas, mas chora a perda do próprio filho, e Minny, cozinheira de mão cheia que, por não levar desaforo para casa, já esteve por diversas vezes desempregada após bater boca com suas patroas. Uma história emocionante e estarrecedora onde a cor da pele das pessoas determina toda a sua vida. Um livro que, devido ao seu tema, chegou a ser recusado por quase sessenta editoras antes de ser publicado. "


Se você está procurando um drama com um conteúdo de reflexão, esse é o livro certo. Já possuía esse livro há algum tempo na minha prateleira, mas por algum motivo sempre acabava deixando para depois. Até que esse mês o vi lá e decidi parar de enrolar. O livro é tudo, menos o que eu esperava. 

Ao ler a sinopse, não imaginava o nível de profundidade que esse livro traria. Narrado em três pontos de vista, sendo dois deles de mulheres negras e um por uma mulher branca, vemos diferentes lados de uma mesma história que tem o poder de te fazer mergulhar na leitura. Três mulheres de personalidades fortes vivendo em uma época em que o racismo e a segregação ditava a vida nos EUA. 

O primeiro ponto de vista é de Aibeleen, uma empregada negra que já passou por diversas famílias e consequentemente, cuidou de diversas crianças. Sua voz é poderosa e acredito que ela seja a personagem que traz mais momentos de reflexão sobre o que os negros viviam na época. Cuidando de uma pequena menininha, ela traz à tona como crianças são inocentes, muitas delas tendo uma relação maternal com ela, mas como isso muda conforme elas crescem e aprendem que o negro é inferior, que passa doenças, que é sujo. Sua narração traz momentos fortes, que é preciso parar e tomar fôlego. É nesse cenário que ela começa a indagar se um dia haveria mudanças e como elas ocorreriam: quando negros não usariam mais banheiros separados (situação em que é colocada) e quando começariam a ver eles somente como pessoas. 

O segundo ponto de vista é de Minny, uma cozinheira com talento nato, mas que nunca consegue manter seus empregos por não conseguir manter a boca fechada e levar desaforo de suas patroas brancas. Minny, além de mostrar o lado do racismo que sofria, tem um outro assunto relevante em sua narrativa: violência doméstica. Sua voz é mais leve, mas de certa forma consegue causar tanto impacto quanto a narrativa de Aibeleen. Sua narrativa passa em grande parte em seu novo emprego para a patroa branca sem noção e que parece não ver limites entre brancos e negros (que bom seria se todos fossem assim). 

Através dessas duas personagens seguimos o cotidiano dos negros na década de 60 e apesar da história ser fictícia, os acontecimentos chocam ao lembrar-se que são baseados em fatos reais. A segregação era forte no sul dos EUA, mas ainda pior do que isso, era o que acontecia com aqueles que quebravam as regras. Confesso que muitos momentos tive que parar a leitura e refletir sobre o que acontecia. E o sentimento depois de lida a passagem ficava em minha mente por horas. 

Por fim, como terceiro ponto de vista, temos Skeeter. Jovem branca recém formada, seu sonho é ser escritora. Ao começar a escrever uma coluna com dicas domésticas, se aproxima de Aibeleen e começa a se lembrar de sua relação com sua antiga empregada Constantine. Assim, resolve escrever um livro sobre empregadas negras e seus relacionamentos com os patrões brancos. Através desse livro, Skeeter começa a ter consciência de muitos atos racistas que ela fazia até mesmo sem perceber e mudar seu comportamento. Mas o mais relevante de sua narração é sua relação com suas amigas, a maioria extremamente racistas, e como essas se portavam com os negros. Além disso, vemos nessa protagonista um lado feminista forte que começava sua ascensão nos EUA. Ao contrário de suas amigas que já eram casadas e algumas com filhos, Skeeter não tinha nenhuma vontade de arrumar um marido tão rápido, mas sim perseguir sua carreira de escritora em uma cidade grande. 

Através desses três pontos de vista, temos um relato extremamente doloroso e chocante sobre a segregação racial. Não espere um livro leve. Ele vai te chocar, ele vai ter passagens que vão parecer um tapa na cara. E apesar de ser um livro grande, você não conseguirá largar a leitura. Ao final, ele não sairá da sua mente por dias, mas não irá se arrepender. É um livro que com certeza irá abalar suas estruturas. Comecei a ver o mundo de outra forma. Apesar de já saber dos privilégios dos brancos, a forma como isso é jogado em sua cara no livro traz uma reflexão ainda maior. É impossível terminar o livro e não se sentir um pouco como Skeeter. E apesar de estarmos em 2018, sabemos que a luta ainda existe e é diária; e todos devemos fazer nossa parte. 

“Não era esse o objetivo do livro, afinal? Que as mulheres se dessem conta: Somos só duas pessoas. Não há tanto assim a nos separar. Nada do que eu havia imaginado.” – Kathryn Stockett. 

Em 2011 saiu a adaptação cinematográfica do livro com um elenco de peso: as rainhas Viola Davis e Octavia Spencer, Emma Stone, Bryce Dallas Howard e Jessica Chastain, concorrendo à diversas premiações. 

Espero que gostem da dica e deem uma chance para o livro – não irá se arrepender. 

Mavi Tartaglia


sábado, 10 de fevereiro de 2018

Série Os Bridgertons - Parte 1


O que posso dizer dessa série apaixonante? Muitos dizem que Julia Quinn é a nova Jane Austen. Não sei se chega para tanto, mas a autora realmente tem o poder de prender o leitor da primeira à ultima página com seus romances de época apaixonantes. A série dos Bridgertons é composta por 9 livros (um livro para cada FILHO – não se assustem! - e um livro de contos). Eu tinha comprado só o primeiro livro, li e fiquei igual uma louca querendo o resto. fui e comprei o box e li um em seguida do outro, devorando TODOS!!!!!!! A escrita é tão apaixonante que você vai lendo e nem percebe a hora passando, termina um e vai querendo o outro. Bateu aquela ressaca literária no último e não foi leve! Para quem está procurando aquele romance leve e super fofo, SUPER indico Julia Quinn. 

Não sei se vocês conhecem, para para quem já assistiu Downton Abby, vai lembrar muito! Eu li os livros e agora já estou querendo uma série no estilo pra ontem!

Então vamos lá!

O Duque e Eu – Sinopse: "Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida." 

Esse é o primeiro livro da série e começa pela mais velha das filhas da família, Daphne. Ela é a quarta dos Bridgertons, que são nomeados em ordem alfabética e extremamente parecidos.
Nesse livro, por ser o primeiro, temos apenas o vislumbre dos irmãos mais velhos da família, mas já começa a se formar a imagem que teremos da família que cada vez se torna mais fascinante. Violet é uma mãe memorável. Os filhos acham que sempre estão por cima e o tempo todo a mãe sabe exatamente o que está se passando. 

Mas voltando ao casal central, como a primeira história, achei que eles foram perfeitos. Não é a melhor história da série, mas não é a pior. Eles conseguiram cativar no ponto certo para o leitor querer continuar e saber mais sobre a família. A história deles começa de forma simples: Daphne tem o desejo de se casar e ter filhos, mas apesar de ter um bom dote, não possui uma aparência que chame muita atenção e a maioria dos homens somente a veem como uma amiga. Já Simon, devido seu passado conturbado e de rejeição com seu pai, não quer passar perto de casamento. É assim que eles decidem falsamente fingir que Simon a corteja, atraindo outros homens para Daphne e afastando as mães casamenteiras dele. E isso funciona perfeitamente. Até o momento que eles se apaixonam.
E então como eles decidem o que é mais importante? Suas convicções e sonhos ou os sentimentos que sentem um pelo outro? Gente, sempre que parece que uma coisa resolve, aparece outra para causar ainda mais confusão! Julia escreve de um jeito que te pega no começo da narrativa e você só vai querer largar quando terminar o último livro! 

Outra coisa FENOMENAL no livro são as colunas de fofoca da Lady Whistledown que tiram boas gargalhadas! Ela parece saber tudo o que acontece na alta sociedade de Londres e qual sua identidade é um dos mistérios que irá rondar os livros e você irá criar mil e uma teorias tentando adivinhar quem é. 

O Visconde que me AmavaSinopse: "A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva. Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele. Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração. Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis." 

Com certeza um dos meus preferidos (talvez o segundo da série), esse talvez seja o mais tocante. Contando a história do mais velho, Anthony, ele tem uma grande carga emocional por focar mais no pai dos Bridgertons e como sua morte traumatizou Anthony, fazendo-o sentir-se o homem da casa tão jovem e tendo que ser um pai de tantos irmãos. Ao longo do livro (e nos outros também, conforme acompanha os irmãos crescendo) isso fica cada vez mais evidente, não só como a morte do patriarca o deixou com um grande peso nas costas, mas o grande trauma dele sempre pensar que precisar deixar tudo certo porque irá morrer jovem como Edmund. E essa certeza de sua mortalidade o faz ir em busca de alguém que possa ser uma boa esposa e que o traga filhos, mas que ele nunca possa se apaixonar – porque Anthony não poderia suportar a ideia de morrer e ter que deixar sua esposa e filhos.

Ai gente, Anthony é um amor! E tem um senso de humor também afiado, o que trará bons momentos com Kate, nossa protagonista forte e que consegue ser mais afiada que Anthony. Justamente por ambos terem essas personalidades, temos várias cenas bem divertidas – inclusive uma com um jogo que envolve outros integrantes da família.
E com o avançar do livro, Anthony se dá conta que a mulher ideia para ele é Kate e não sua adorável e perfeita irmã. Mas será que ele irá se livrar de seus medos e Kate irá passar a acreditar que ele pode deixar seus dias de libertino para trás?
O livro mais uma vez traz as colunas de fofocas (AINDA MELHORES) e personagens secundários dos Bridgertons para fazer nossa alegria!


Um Perfeito Cavalheiro – Sinopse: "Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse é um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu. Uma noite, ela consegue entrar às escondidas no baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhce o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles. Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres. O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois, Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível. Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica."

Nesse terceiro livro, temos a história de Benedict, o segundo irmão, com uma nova versão de Cinderela. Sophie é uma filha ilegítima e seu pai a criava sob o mesmo teto alegando ser uma tutorada, dando sempre o de melhor. Porém tudo começa a mudar quando ele se casa novamente. Mas tudo piora quando ele morre e assim ela vira a serviçal da casa, sendo maltratada por sua madrasta e uma das irmãs. Quando ocorre um baile de máscaras na casa dos Bridgertons, com a ajuda de outras empregadas, ela consegue se infiltrar e lá passa a noite mais mágica de sua vida e se apaixona por Benedict.

Porém sua madrasta descobre que ela foi ao baile e a expulsa de casa. Sem dinheiro e amaçada, é obrigada a deixar Londres. Ela consegue u emprego e refaz sua vida como pode e depois de três anos, seu caminho e de Benedict se cruzam novamente quando ele a salva de um bêbado. Apesar de reconhecê-lo imediatamente, ele não se lembra dela vestido de serviçal, mas logo ele começa a se apaixonar por ela.

Quando ela se recusa a ser sua amante – justamente porque ela foi fruta de uma relação ilegítima – Benedict terá que decidir se deixará as convenções sociais para viver com o amor de sua vida – seja a garota misteriosa do baile, seja a doce serviçal.
Apesar de formarem um casal fofo, o livro não é tão atraente por já ser uma história conhecida e sabemos que no fim tudo dará certo por ser um romance. Apesar disso, o carisma dos protagonistas ajuda a segurar a trama. Violet dá um show no final que meu amor por ela sobe ainda mais!
Outros personagens que ganham destaque são Colin Bridgenton (já deixando uma pista sobre o próximo livro) e Penelope Featherington, aquela que sempre está com os vestidos mais desfavoráveis possíveis.

Os Segredos de Colin Bridgerton - Sinopse - "Há muitos anos Penelope Featherington frequenta a casa dos Bridgertons. E há muitos anos alimenta uma paixão secreta por Colin, irmão de sua melhor amiga e um dos solteiros mais encantadores e arredios de Londres. Quando ele retorna de uma de suas longas viagens ao exterior, Penelope descobre seu maior segredo por acaso e chega à conclusão de que tudo o que pensava sobre seu objeto de desejo talvez não seja verdade. Ele, por sua vez, também tem uma surpresa: Penelope se transformou, de uma jovem sem graça ignorada por toda a alta sociedade, numa mulher dona de um senso de humor afiado e de uma beleza incomum. Ao deparar com tamanha mudança, Colin, que sempre a enxergara apenas como uma divertida companhia ocasional, começa a querer passar cada vez mais tempo a seu lado. Quando os dois trocam o primeiro beijo, ele não entende como nunca pôde ver o que sempre esteve bem à sua frente. No entanto, quando fica sabendo que ela guarda um segredo ainda maior que o seu, precisa decidir se Penelope é sua maior ameaça ou a promessa de um final feliz. Em Os segredos de Colin Bridgerton, quarto livro da série Os Bridgertons, que já vendeu mais de 3,5 milhões de exemplares, Julia Quinn constrói uma linda história que prova que de uma longa amizade pode nascer o amor mais profundo."

Ai gente, o Colin! De toda a série, esse é o meu preferido! Colin apareceu nos três livros anteriores e isso ajudou o personagem a ir trilhando um caminho e criando seu carisma para quando chegasse seu livro. Além disso, a protagonista aqui apresentada é uma surpresa. Penelope sempre estava presente nos livros e era esperado seu crescimento, mas o modo que ele foi apresentado, foi o que surpreendeu. A autora pegou um personagem quietinho ali no canto e a fez chegar ao centro do palco. Os dois personagens foram MUITO bem construídos desde o começo já com segundas intenções e ninguém percebeu.

Colin sempre viajando na verdade era a vontade de fazer algo mais com sua vida, deixar seu marco. Penelope era aquela garota tímida que só queria ter a oportunidade de deixar mostrar quem realmente era. Tem casal melhor que esse?

Uma personagem marcante que irá ganhar destaque e fazer uma ótima dupla com Penelope é Lady Danbury com sua língua afiada, sem filtro para o que quer falar e com sua bengala que nunca para. As duas, com suas mentes afiadíssimas e personalidade fortíssimas para Londres, dão ÓTIMOS momentos.

E finalmente, como se o livro já não pudesse estar melhor, temos a grande revelação de quem é Lady Whistledown! E é maravilhosa! Passou diversas pessoas por minha mente, mas a pessoa em si nunca tinha passado e quando ela explica, tudo faz sentido!

Para mim um dos mais completos, fala do amor, lealdade com a família e amizade.

E para quem se apaixonar por Colin assim como eu, ele aparecerá novamente, para nossa alegria!

Mavi Tartaglia

Guardiões da Galáxia Vol. 3 - Uma despedida agridoce

  Guardiões da Galáxia Vol. 3 chegou nesta quarta-feira (04/05) aos cinemas para fechar a trilogia do grupo, dirigido e roteirizado por Jame...