domingo, 23 de julho de 2017

Resenha A Prisão do Rei



Sinopse: “Mare Barrow foi capturada e passa os dias presa no palácio, impotente sem seu poder, atormentada por seus erros. Ela está à mercê do garoto por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos de sua mãe, fazendo de tudo para manter o controle de Norta — e de sua prisioneira. Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante das Pedras Silenciosas, o resto da Guarda Escarlate se organiza, treinando e expandindo. Com a rebelião cada vez mais forte, eles param de agir sob as sombras e se preparam para a guerra. Entre eles está Cal, um prateado em meio aos vermelhos. Incapaz de decidir a que lado dedicar sua lealdade, o príncipe exilado só tem uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.”

A Prisão do Rei é o terceiro volume da série A Rainha Vermelha. Para quem não conhece, a história é uma distopia onde as pessoas são divididas entre vermelhos e prateados. Os prateados são os ricos, poderosos, os que governam e possuem poderes especiais (como manipular fogo, mentes, água, etc) e os vermelhos são a classe pobre e trabalhadora, sem poderes. Porém tudo mudo quando Mare, uma garota vermelha, ao ir trabalhar no palácio, acaba descobrindo que pode controlar eletricidade. Para esconder isso de todos, a Monarquia a faz se passar por uma prateada. Ao mesmo tempo, ela descobre a Guarda Escarlate que é formada por vermelhos que tentam lutar por uma revolução. Nisso, a jovem é jogada em um mundo de traições e jogos de poderes, nunca sabendo em quem confiar. O final do primeiro livro é bem surpreendente, com Mare sendo traída por alguém que confiava e o Príncipe Cal sendo manipulado em um jogo muito maior. 

O segundo volume começa com Cal e Mare conseguindo fugir do novo Rei, Maven, irmão mais novo de Calore, com a ajuda da Guarda Escarlate. Em busca de mais vermelhos como Mare, ela acaba descobrindo que a Guarda também não é aquilo que ela pensa e tudo parece ficar cada vez mais complicado. Nos dois primeiros volumes a leitura é muito rápida, com muita ação e com a história te prendendo do começo ao fim.

O terceiro livro começa de onde o último parou: Mare está nas mãos de Maven, sem poder usar seus poderes e ficando cada vez mais fraca. A Guarda Escarlate começa a fazer avanços, deixando o Rei desesperado. Mais uma vez usando Mare para seu próprio jogo, Maven a usa para desacreditar a Guarda. Enquanto isso, a garota elétrica enquanto prisioneira, tenta descobrir o máximo possível das fraquezas de Maven, trazendo revelações surpreendentes. 

Esse com certeza é o volume mais maduro. Enquanto os outros dois eram centrados na ação, aqui adentramos no mundo político. Estamos em um jogo de xadrez, nunca sabemos qual é a próxima peça que será movida. Como sempre, Victoria consegue trazer elementos que irão te surpreender. Todos parecem estar lutando para conseguir o poder e mais do que nunca é difícil prever o próximo passo, assim como em quem confiar.

Mare amadureceu muito nesse livro. No segundo a protagonista me irritou muito, parecendo uma garota mimada. Com sua prisão e sendo torturada constantemente, a garota amadurece, vendo seus erros e percebendo que tudo ao redor dela era muito maior do que ela esperava. Novas facetas de Maven também são reveladas e conseguimos entender como ele se tornou o monstro que é hoje.

Outra personagem que consegue seu espaço é Evangeline. Ela continua sendo uma pessoa cruel, mas agora sabemos de camadas de sua personalidade e vida que torna a personagem mais clara e mais complexa – e eu adoro personagens assim!

Por outro lado, Cal está com a Guarda Escarlate. Ele é o que mais se preocupa em resgatar Mare. A Guarda continua avançando em suas conquistas, mesmo com Maven fazendo de tudo para pará-los. Cal está fazendo algo por debaixo dos panos e faz uma aliança inesperada. Enquanto senti que todos os outros personagens principais amadureceram, com Cal isso não aconteceu. Ele continua na mesma que antes, sem se decidir, não colocando com opinião e se deixando ser manipulado pelos jogos de poder. Eu gostava muito do personagem e isso me decepcionou nesse volume. Acho que ele e Mare podem formar um bom casal (sou uma das únicas que acho isso), mas para que aconteça, ele precisa crescer. Enquanto todos os outros evoluíram, o príncipe prateado destronado continuou na mesma (em alguns momentos, parece até que retrocedeu). Teve trechos que fiquei com vontade de pegar ele e dar uns tapas para ver se acordava. Espero que no próximo ele tenha mais espaço e isso melhore.

Por a maior parte do livro estar centrado em assuntos políticos, achei a primeira parte bem lenta de se ler. Chega a ser monótono. Alguns momentos são importantes para a série, mas a autora não conseguiu me prender muito como consegue em suas cenas de ação. Não pelo fato de serem assuntos políticos, mas o modo que ela escreveu. A leitura começou a avançar depois da metade, mesmo assim não senti a adrenalina dos dois primeiros.

Porém, o final, como sempre, ela sabe fazer. Ela é mestre em deixar a maior surpresa para as últimas páginas e assim te deixar louco para o próximo volume. Com esse não foi diferente. Novas alianças são feitas e novos planos traçados. Para onde isso vai levar, temos que aguardar.

Esse terceiro livro pode ser um pouco diferente dos outros dois, com alguns momentos em baixa, mas para quem é fã da série, no final não irá se decepcionar. Agora mais do que nunca os jogos de poder estão ficando mais intensos e mal posso esperar para ver o desenrolar dessa história. 


Mavi Tartaglia

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