sexta-feira, 10 de junho de 2016

RESENHA PERFUME - A HISTÓRIA DE UM ASSASSINO

Perfume, A História de um Assassino


Olá, pessoas! Estou aqui hoje para falar do filme Perfume – A história de um Assassino. Pensem em um filme que eu enrolei séculos para assistir e hoje me arrependo amargamente de ter esperado tanto tempo para ver essa obra prima.

Bom, o filme se passa em Paris, 1738. Jean-Baptiste Grenouille (Ben Whishaw) nasceu em um mercado de peixe, onde sua mãe (Birgit Minichmayr) trabalhava como vendedora. Ela o tinha abandonado, mas o choro de Jean-Baptiste faz com que seja descoberto pelos presentes na feira. Isto também faz com que sua mãe seja presa e condenada à morte. Entregue aos cuidados da Madame Gaillard (Sian Thomas), que explora crianças órfãs, Jean-Baptiste cresce e logo descobre que possui um dom incomum: ele é capaz de diferenciar os mais diversos odores à sua volta. Intrigado, Jean-Baptiste logo demonstra vontade de conhecer todos os odores existentes, conseguindo diferenciá-los mesmo que estejam longe do local em que está. Já adulto, ele torna-se aprendiz na perfumaria de Giuseppe Baldini (Dustin Hoffman), que passa por um período de pouca clientela. Logo Jean-Baptiste supera Baldini e, criando novos perfumes, revitaliza a perfumaria. Jean-Baptiste cada vez mais se interessa em manter o odor de forma permanente, o que faz com que busque meios que possibilitem que seu sonho se torne realidade. Só que, em suas experiências, ele passa a tentar capturar o odor dos próprios seres humanos.

Já no começo do filme, você sente a pegada pesada que ele terá. A primeira cena apresentada é o julgamento de Jean Baptiste e logo depois disso, somos levados para o começo de sua história.

A vida do personagem principal é marcada de tragédia. A única pessoa que ele tinha é condenada à morte logo com seu nascimento. É nesse jogo que vemos que todas as vidas que Jean toca, logo serão tiradas. A morte é uma companheira constante do protagonista, assim como seu talento único. Algo obscuro o ronda desde o momento que nasceu. O dom e sua vida é como uma maldição, um sentimento que me foi confirmado em cada momento do filme.

Primeiramente, Jean Baptiste é nos apresentado de forma inocente. Devido seu dom único, ele possui uma maneira própria de interagir com o mundo, o que acaba o isolando de outras pessoas. Ele não sabe se comunicar com os outros e a única coisa que ele conhece e confia é seu sentido apurado. Essa inocência é o que marca o primeiro assassinato de Jean, que o faz sem perceber. 

Jean Baptiste é aquele personagem incompreendido, que vê o mundo de seu próprio modo. Seu sentido apurado o fazia se tornar extremamente isolado. Ninguém, em nenhum momento, soube compreender o que o personagem sentia em relação aos odores que o rondava o tempo todo. Ele era saturado por todo um mundo de cheiros e não tinha controle algum sobre isso. 


O que para todos não tem cheiro algum, para ele tinha uma essência única. E é essa incompreensão e incapacidade dos outros sentirem o que ele sente, que leva Jean Baptiste à obsessão. A todo o custo, ele precisa aprender um modo de fazer as essências que ele sente durar, fazer esses perfumes extraordinários chegar à todos, e talvez, passar a ser compreendido. 

Antes de continuar, confiram o trailer do filme a seguir.



Voltando à resenha, tecnicamente, o filme beira à perfeição. As montagens são feitas de modo que garanta um bom ritmo ao filme, aguçando o espectador. 

O close é constantemente usado e bem aproveitado. Esse plano é muito utilizado no filme para mostrar o dom do personagem, mostrando suas impressões e assim nos aproximando mais dele. O trabalho de câmera é muito bem feito, combinando com o tom da narrativa. Havia momentos que me deixava completamente sem fôlego. 

O roteiro também está de parabéns. A narrativa é chocante, mas extremamente poética. E para terminar, não posso deixar de parabenizar o ator principal, que fez um trabalho absurdo!

Assistir esse filme é algo extraordinário. Irá te chocar, mas também te fazer admirar a beleza (melancólica) que há nele.

Mavi Tartaglia

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