quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Outlander



Post duplo para indicar esses livros e série que roubaram meu coração!

Vamos começar com o primeiro livro da saga, Outlander: A viajante do tempo.


Sinopse: "Claire, a protagonista de A viajante do tempo é uma mulher de personalidade forte, lutando para se manter num mundo de homens violentos, que busca seu verdadeiro amor enquanto participa de importantes acontecimentos da história. Claire Beauchamp Randall foi separada de seu marido Frank pouco depois da lua-de-mel, quando ele foi convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial. Ao final do conflito, Claire e Frank se reencontram e retomam a vida que tinham em comum numa viagem a Escócia. Mas o reencontro não ocorre da forma esperada. Parece haver entre a esposa e o marido um distanciamento muito maior do que aquele causado pelos anos de guerra. Ao visitar uma antiga e mística formação de rochas, Claire finalmente vai conhecer seu destino."

Gente, o que dizer dessa série de livros apaixonante? É difícil colocar em palavras o quanto Outlander é perfeito e te prende desde as primeiras páginas. Misturando fatos históricos com fantasia, Diana Gabaldon consegue criar um romance de tirar o folego. 

A história se passa em 1945, logo após do fim da Segunda Guerra. Claire Randall foi em uma enfermeira durante o período de guerra, mantendo-a longe de seu marido, Frank, por anos. Assim, terminado o conflito, eles decidem fazer uma viagem à Escócia como uma segunda lua de mel para se reconectarem. Então eles partem para Inverness, onde lá Frank, que é um historiador, também irá fazer uma pesquisa sobre sua árvore genealógica. 

Claire, curiosa como só ela, decide dar uma volta e dar uma olhada em algumas plantas quando chega em um círculo de pedras em Craigh na Dun. E aí que a história realmente começa. Ao se aproximar demais, Claire é “sugada” pelo círculo e ao despertar, descobre que voltou no tempo em 200 anos, mas para o mesmo lugar em que partira – assim se depara com uma antiga Escócia e seus perigos em plena Revolução Jacobita. 

Ela é resgatada por um grupo de homens que não sabem o que fazer com ela – não sabendo se é alguém que está perdida, uma bruxa ou espiã – resolvem então leva-la com eles. Claire tenta de todos os modos fugir e voltar para seu tempo, mas parece que o destino não quer isso, principalmente quando coloca James Fraser em seu caminho – um jovem escocês típico. E a química deles não poderia ser melhor. A protagonista se vê então diante de uma escolha: voltar para seu tempo e seu marido Frank, ou ficar em um lugar (e tempo) totalmente desconhecidos, mas com um novo amor. 

Há muito fatores que fazem a leitura ser envolvente (o livro possui em torno de 800 páginas), mas você fica tão mergulhado na leitura que não vê nem as páginas passarem.

O primeiro e talvez mais importante fator, são os personagens. Claire é uma protagonista feminina forte, à frente de seu tempo, não se rebaixando para as opiniões da sociedade e luta por aqui que quer. Se em 1900 ela já era considerada muito moderna, é muito interessante ver seu modo de agir em uma sociedade ainda mais antiga – e machista – em 1700. Não só o modo como ela lida com as situações em que é colocada, mas também como as pessoas reagem à ela e seu modo de pensar. 

Jamie é apaixonante. Não tem outra palavra para descrevê-lo. É jovem (um pouco mais novo que Claire), mas que tem uma inteligência fugaz. Também possui um grande senso de honra. Sua personalidade, assim como de Claire, é forte, e quando colocados juntos, é quase possível sentir a química delas saindo das páginas dos livros. E cada página que passa, você se apaixona ainda mais por ele (sério, impossível não suspirar).

O antagonista, antepassado de Frank Randall, é outro que rouba a cena. Muito bem construído, você passa a odiá-lo rapidamente. Ele garante ótima passagens, principalmente no segundo volume. Os outros personagens também não ficam para trás. Diana monta uma personalidade única para cada um e é interessante lê-los, principalmente tendo em mente que estamos em 1743 na história. A família de Jamie é complexa e mostra como eram os clãs das Terras Altas com perfeição. Jenny, sua irmã, é outra que nos conquista rapidamente.

O segundo fator envolvente do livro é a perfeição de detalhes. Diana escreve com uma precisão, mostrando tudo que Claire vê e sente, que você quase se sente na Escócia (e nas duas épocas!). O poder que a autora tem de fazer o que ela quer saltas das páginas torna o livro ainda mais mágico. O lugar que ela escolheu para fazer a narrativa é em si mágico e você consegue sentir cada detalhe disso com sua descrição. E o mais impressionante é que ela conta de modo tão delicado, que não se torna cansativo nunca. 

Outro fator é como ela consegue ligar os fatos históricos com sua ficção. Sempre gostei de história e ter ela ali, no meio de todas aquelas aventuras e romance, parece que tornou o livro e sua narrativa ainda mais mágica. Diana consegue nos envolver nos momentos históricos, na sociedade e cultura de modo a fazer você se sentir lá e outra coisa constantemente colocada em questão pela personagem de Claire é o choque cultural, muito bem explorado também.

Diana começou a escrever a saga na década de 90 e está até hoje escrevendo (SIM, NÃO TERMINOU AINDA! A saga é gigante), o que de certa forma também transparece algumas coisas da época que ela escreveu para agora, mas nada que interfira na leitura. E a cada livro a história parece ficar melhor. Ela não perde a mão em nenhum momento, trazendo novos elementos em cada volume.

Enfim, para quem está pedindo um ótimo romance (Claire e Jamie entram para a lista de meus casais preferidos) com uma pitada de magia, essa saga é perfeita. Você não vai conseguir largar os livros e depois de cada leitura, vai sentir como se você mesmo tivesse sido transportado para outro lugar (Escócia agora está em um lugar especial de país que sonho conhecer). Diana mistura culturas, mitos, história, ficção, amor e muito mais em uma leitura que com certeza vai ganhar um lugar especial em sua estante (e coração).

Os livros da saga lançados até agora são esses: 

- A viajante do tempo

- Libélula no âmbar 

- O resgate no mar (parte 1 e 2)

- Os tambores de outono (parte 1 e 2)

- A cruz de fogo (parte 1 e 2)

- Um sopro de neve e cinzas (ainda não lançado no Brasil)

- Ecos do Futuro (ainda não lançado no Brasil)

- Written in my own heart’s blood (ainda não lançado no Brasil)

- Go tell the bees that I am gone (sendo escrito)



EXTRA! 

E para nossa felicidade, essa saga maravilhosa já tem uma adaptação para TV que também é PERFEITA!!!! Eu conheci os livros através da série que me deixou apaixonada e pensando nela por dias (e fui correndo comprar os livros). 



Considero umas das melhores adaptações de livros. Cada temporada adapta um livro e fazem um trabalho extraordinário. A série consegue ser muito fiel aos livros (são pouquíssimas diferenças, e a maioria, quando percebidas, até melhores para a narrativa televisiva), conseguindo transportar inclusive aquela magia que mencionei. As locações são de tirar o fôlego e combinam perfeitamente com o romance e narrativa. A maioria dos atores também caíram com perfeição com seus personagens (o ator que faz o Jamie é maravilhoso e confesso que comecei a assistir a série por causa dele). Sam como Jamie parece que foi tirado do livro e colocado ali, e seu sotaque escocês é de matar. Caitriona também faz uma atuação maravilhoso como Claire, mostrando toda a força da protagonista. Tobias no papel de Frank e Jack Randall rouba a cena em momentos tensos. A segunda temporada é dele e de Sam, com toda certeza. 

A fotografia da série também é MARAVILHOSA!!! Acho que é a parte mais importante da produção, inclusive porque é ela que consegue dar aquele ar de magia e mistério que sentimos ao ler as páginas de Diana. 

Com todo meu coração, indico os livros e a série, ambos perfeitos (os suspiros rolam soltos). Apreciem a dica e a beleza de Sam Heughan (e seu Jamie).  

OBS: atualmente está sendo gravada a quarta temporada e as duas primeiras já estão disponíveis na Netflix!


Mavi Tartaglia

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