sábado, 23 de abril de 2022

Crítica Animas Fantásticos: Os segredos de Dumbledore

Animais Fantásticos: Os segredos de Dumbledore




Depois de um longo percurso, adiamentos, troca de elenco, pandemia, finalmente o novo filme do universo bruxo de Harry Potter estreou. A expectativa era alta e baixa ao mesmo tempo. Baixa pelo fracasso do filme anterior, alta de que algo pudesse ser feito para salvar a franquia.

Em Os Segredos de Dumbledore, o professor Alvo Dumbledore (Jude Law) sabe que o poderoso mago das trevas Gellert Grindelwald (Mads Mikkelsen) está se movimentando para assumir o controle do mundo mágico. Incapaz de detê-lo sozinho, ele pede ao magizoologista Newt Scamander (Eddie Redmayne) para liderar uma intrépida equipe de bruxos, bruxas e um corajoso padeiro trouxa em uma missão perigosa, em que eles encontram velhos e novos animais fantásticos e entram em conflito com a crescente legião de seguidores de Grindelwald. Mas com tantas ameaças, quanto tempo poderá Dumbledore permanecer à margem do embate?


O que podemos esperar do terceiro filme


O filme melhorou consideravelmente em relação à Os Crimes de Grindewald, mas não foi o suficiente. A história toda parece uma grande enrolação ao invés de ir direto ao ponto, a luta de Grindewald e Dumbledore. Muitos personagens e plots apresentados nos filmes anteriores ficam soltos e sem uma história concreta: não sabem o que fazer já que foram apresentados, mas também não tem motivos o suficiente para continuarem como principais.

O foco da franquia agora é a Primeira Guerra bruxa, mas a construção está sendo lenta e os personagens principais quase sem espaço. A verdade é que os roteiros parecem perdidos, preenchendo tempo com qualquer coisa para chegar no que estamos interessados.

A nova saga, que pretende ter cinco filmes, não funciona nesse formato. Onde Habitam tinha um protagonista que não funciona mais como personagem central. Estão arrastando uma narrativa e deixando os filmes enfadonhos, colocando mais personagens do que conseguem lidar.

A verdade é que Animais Fantásticos devia ter sido concebido desde o início como uma trilogia. Três filmes seriam o suficiente para mostrar toda a história de Dumbledore e Grindewald, que já teve umas pinceladas na franquia principal do mundo bruxo, Harry Potter. Mais filmes só trouxeram personagens e plots que ficaram perdidos e sem sentido em meio ao enredo principal que a autora queria apresentar.

Em meio a isso tiveram ainda que encontrar uma explicação para a história de Credance de forma que o que foi contado nos livros não fosse jogado fora, mas ainda manter o personagem no filme. Um dos segredos de Dumbledore nunca foi um segredo, o que faz perder um pouco o intuito do nome escolhido.

Além disso, o filme ainda sofre com um ritmo inconstante, lento demais em algumas partes, demorando para chegar ao seu ápice e o momento que vale o ingresso.

O lado positivo


Apesar de tudo, o filme tem seus momentos bons. Todo o visual é ricamente construído e mais uma vez ficamos encantados com o cuidado em criar as criaturas fantásticas que rondam esse mundo. A perfeição é tanta que queremos pegar aqueles seres no colo e os conhecer.

O outro grande acerto é o elenco, que mesmo com um texto mediano, conseguem tirar o melhor dele. Os atores já conhecidos em seus personagens voltam com carisma, principalmente Jacob. Jude Law se encaixa perfeitamente no papel do jovem Alvo Dumbledore e Mads Mikkelsen trouxe um tom mais sério e fascínio ao retratar sua versão de Grindewald.

Ao fim, a franquia só se salva pela nostalgia e apego que foi gerado com o primeiro filme, ainda o melhor. Se tivesse sido parado ali, não faria diferença.

Ótimos personagens e enredos acabaram sendo desperdiçados por roteiros preguiçosos e sem aprofundamento. J.K. Rowling que teve tanto cuidado em construir esse mundo nos livros e nos filmes Harry Potter parece perdida e sem se importar em enriquecer seus personagens que ainda geram tanto carinho – o que não podemos dizer o mesmo da autora.

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