sábado, 21 de janeiro de 2017

Crítica: La La Land - Cantando Estações




Sinopse: "Em Los Angeles, Sebastian (Ryan Gosling) é um pianista de jazz cheio de marra e vaidoso que acaba se apaixonando por uma atriz aspirante, a sonhadora Mia (Emma Stone). Mas esse amor passa por várias provações, já que começam a se dedicar mais e mais ao trabalho à medida em que vão se tornando bem-sucedidos pouco a pouco."

La La Land é o mais recente filme que tem arrebatado corações nos últimos dias, além de milhares de prêmios nessa época de premiações (no Globo de Ouro, levou todos que concorria). 

É um musical que logo no inicio já mostra para que veio. Sua abertura já é com uma música viciante e que mostra qual o clima do filme, além de mostrar que dificilmente você irá conseguir ficar parado em sua cadeira assistindo a esse longa.

Utilizando a metalinguagem, o filme faz uma grande homenagem ao cinema em sua Era de Ouro além de homenagear o jazz, aquele estilo musical que aos poucos está morrendo (infelizmente).

Através da paixão de Mia pelo cinema, vemos várias referências aos filmes clássicos como Cantando na Chuva e Casablanca. Através de Seb, vemos como sua paixão pelo jazz é intensa e seu sonho de não o deixar morrer, e sim preservar aquele velho e bom jazz.

La La Land irá trazer de volta o encantamento que os musicais tinham. Você irá ficar com os olhos vidrados nas coreografias e emocionado com as músicas. Nos momentos mais intimistas, irá se sentir dentro de um teatro, com somente um foco de luz no artista, centralizando-o na cena. 

Para completar o deleite visual, temos uma fotografia magnifica. A combinação de cores faz ser impossível desviar o olhar da tela, combinando perfeitamente os tons com as cenas de forma linda e às vezes contraditórias. Ao ver o longa, você simplesmente irá se esquecer do mundo real e ser transportado para outra dimensão. Através das cores, passeamos pelas estações com os personagens. 

O diretor passeia com a câmera entre as cenas de forma elegante. Seus movimentos casam perfeitamente com os personagens e a ação vivida.

Ryan Gosling e Emma Stone estão fenomenais em seus papéis. O filme tem como objetivo se focar neles e em sua relação, e apesar de todos os sentimentos que nos invadem, nunca os esquecemos. Eles mostram uma química e dinâmica incrível juntos e acredito que o filme não seria o mesmo sem eles. Emma traz toda sua personalidade divertida em Mia e Ryan se mostra como uma alma velha em todas as cenas que aparece. 

Em meio à tudo isso, o diretor nos transporta para um filme que iremos nos identificar rapidamente. O amor versus o sonho. O tempo todo isso é nos jogado na cara de forma emocionante, nos levando a questionar nossa vida e escolhas (para aqueles que sobrevivem da arte, será impossível não se identificar). A realidade nos é escancarada de forma tão bonita que o filme se torna ainda mais especial. 

Os minutos finais são de tirar o fôlego, surpreendente. Ao terminar o filme, será difícil encontrar forças para se levantar e deixar o filme para trás. Você irá se pegar pensando nele por várias horas depois de assisti-lo e garanto que depois disso, mesmo assim será difícil tirá-lo da cabeça. (ai gente, sério, que final! Chorei horrores!!!!!)

Se o filme inteiro já foi tecnicamente perfeito, os últimos dez minutos não há nem palavras para descrever. Você irá sentir as lagrimas nos olhos e se emocionar feito uma criança. 

É possível perceber que o diretor jogou sua alma em La La Land. Com tamanha perfeição, depois de vê-lo conseguimos entender porque está sendo tão comentado. 

Aproveitem que o filme está em cartaz e corra para o cinema mais próximo. Será uma experiência que não irá se arrepender. Para os cinéfilos e fãs de musicais, impossível não assistir e já arrumar um lugar para ele na lista de favoritos. 

Obs: Você não irá conseguir tirar City of stars da cabeça.


Mavi Tartaglia

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Resenha As Crônicas Lunares - Cress e Winter



Oi, pessoas!!! Para começar o ano bem, trago as resenhas dos dois livros finais de As Crônicas Lunares, que com certeza foram os melhores livros que li em 2016 no gênero fantasia! Espero que gostem.



Sinopse de Cress: “Neste terceiro livro da série Crônicas Lunares, Cinder e o capitão Thorne estão foragidos e agora levam Scarlet e Lobo a reboque. Juntos, eles planejam derrubar a rainha Levana e seu exército. Cress talvez possa ajudá-los. A garota vive aprisionada em um satélite desde a infância, com a companhia apenas de telas, o que fez dela uma excelente hacker. Coincidência ou não, infelizmente ela também acabou de receber ordens de Levana para rastrear Cinder e seu bonito cúmplice. Quando um ousado plano de resgatar Cress dá errado, o grupo se separa. Cress enfim conquista a liberdade, mas o preço a se pagar é alto. Enquanto isso, Levana não vai deixar que nada impeça seu casamento com o imperador Kai. Cress, Scarlet e Cinder talvez não tenham a intenção de salvar o mundo, mas muito possivelmente são a última esperança do planeta.”

Quando você pensa que essa série não pode ficar melhor, Marissa vem e mostra que pode sim, e muito! Considero o terceiro volume o melhor dos quatro, tanto pela narrativa frenética e cheia de surpresas, tanto pela protagonista que me cativou muito.

Cress é inspirada em Rapunzel. Nessa versão, ele é uma prisioneira da rainha Levana em um satélite por sete anos (deixando seus cabelos longos por não poder cortá-los) e uma cascuda, mas que não é descartada por ser uma ótima haker (imagina uma pessoa inteligente!). Gostei da protagonista porque vemos um lado diferente de nossas heroínas. Enquanto Cinder e Scarlet lutam e são revolucionárias, extremamente fortes, Cress apresenta um outro lado: inteligente, tímida e inocente, mas que se mostra tão forte quanto as outras duas. 

Com essa nova protagonista, também vemos um lado diferente do capitão Thorne, e se ele ainda não tinha roubado seu coração, nesse livro com certeza vai. Os dois personagens possuem uma dinâmica muito interessante e quando se juntam a turma, vemos a tão esperada revolução para derrubar Levana finalmente tomando forma. 

Lobo e Scarlet possuem um pouco menos de espaço, deixando as páginas mais livres para Cress e a jornada de Cinder. Iko por outro lado cresce cada vez mais e se torna a personagem mais cativante – sua lealdade e coragem a tornam uma das melhores personagens. 

Também gostei muito dessa nova protagonista por ver a evolução dela. De uma menina ingênua e extremamente sonhadora, aos poucos ela vai crescendo e se tornando uma mulher forte e uma importante peça para o grupo. Sua paixonite boba pelo Thorne do começo aos poucos vai se tornando algo maior, mostrando essa evolução – e incrivelmente, levando o capitão com ela.

Levana também vai ganhando cada vez mais espaço e mostrando toda sua crueldade. Ela deixa claro para o que veio e que não medirá esforços para o que quer. A personagem é extremamente cruel e muito bem desenvolvida que seu ódio chega a virar amor de tão boa em ser má que ela é. Estou louca para saber como será o final da Rainha má!

O final te deixa eufórico e tudo que você mais quer é pegar a continuação e ler logo para descobrir qual vai ser o desfecho dessa fascinante história. 



Sinopse de Winter: “Princesa Winter é admirada pelo Povo Lunar por sua graça e bondade, e embora possua cicatrizes em seu rosto, sua beleza é considerada ainda maior que a de sua madrasta, Rainha Levana. Winter não concorda com as atitudes de sua madrasta e ela sabe que Levana não aprova os sentimentos dela com um amigo de infância (o guarda do palácio Jacin). Mas Winter não é fraca como Levana imagina. Junto com uma ciborgue, Cinder e seus aliados, Winter pode ter a chance de começar uma verdadeira revolução.”

Talvez a princesa mais conhecida dos contos de fadas, Marissa deixou sua versão da Branca de Neve para o final – e que final!!! O livro é enorme, mas a história é tão cheia de ação e te prende tanto para saber o que irá acontecer que você nem vê passar. E quanto mais lê, mais deseja que esse não seja o último e que essa saga maravilhosa continue!

A versão da Branca de Neve veio com tudo. Nós somos apresentados à uma princesa extremamente bela, apesar de ter cicatrizes em seu rosto causadas por ela mesma quando sua toa usou o dom lunar nela. Mas a princesa se torna complexa quando ela se mostra meio louquinha e com um parafuso a menos – mas tudo por uma boa causa. Ela vê como sua madrasta usa seu dom de forma cruel e desde nova, Winter se recusa a usar seu dom lunar, mesmo que seja para o bem. Isso faz que ela tenha visões distorcidas da realidade e o único que pode a ajudar a se controlar é Jacin, seu amigo por quem é apaixonada e já nos foi apresentado em um dos livros anteriores e que traiu Cinder. Porém, quando a princesa é colocada em perigo, temos uma grande reviravolta.

Jacin ajuda Winter e Scarlet a fugirem do Castelo e ir em busca de Cinder que agora está em Luna, fazendo de tudo para montar sua revolução e finalmente conseguir se sentar em seu trono (o jogo dos tronos acontece em todos os lugares! Hahahah). Winter vai se mostrar uma personagem forte e cativante, mesmo com suas limitações por não usar seu dom. Além disso, irá tirar várias risadas com seus momentos de loucura. Ela rapidamente se tornou minha personagem preferida depois de Cress.

Nesse livro, parece que tudo vai acontecer e ao mesmo tempo nada. Vários planos são montados e derrubados, te levando ao desespero. À todo o momento, seu coração acelera, pensando em como Cinder e seu grupo vai conseguir derrubar Levana, que está cada vez mais sádica e cruel. 

No volume final, todos os personagens terão vários lados explorados e ganham seu próprio espaço, nunca sendo deixados de lado e incrementando ainda mais a narrativa. Por um lado, temos o grupo revolucionário em Luna lutando contra o tempo para revelar que Cinder é a verdadeira rainha de Luna e convocar o máximo de pessoas possíveis para destronar a Rainha cruel. Já no palácio, Levana faz de tudo para encontrar Cinder e matá-la, ao mesmo tempo em que tem que lidar com seu casamento com o Imperador Kai – que ganha mais espaço na revolução de Winter e se mostra cada vez mais um ótimo líder. 

O livro tem um ritmo frenético e não te decepciona. Ao contrário do que acontece em muitas sagas em que algum livro sempre decepciona e muitas vezes o final deixa a desejar, com as Crônicas Lunares isso não acontece. Desde Cinder a história é ótima e só continua a crescer – e em Winter isso é levado a outro patamar. 

Mais do que os outros três volumes, nesse temos uma carga política muito maior e isso só torna o final melhor. Levana aos poucos é mostrada como a governante cruel e sem coração, que manipula seu povo através do medo e seu poder. Aos poucos, sua máscara vai caindo (literalmente!). Finalmente somos apresentados a verdadeira aparência da Rainha e sua história (deu um pouco de pena).

Não consigo imaginar um final melhor. Perto do clímax do livro, você está em total desespero, sem conseguir largar o livro. Tudo acontece junto e você é bombardeado por um monte de emoções. 

Todos os personagens têm um crescimento incrível. Thorne mostra seu lado mais sensível, mostrando que é um amigo leal (ELE E CRESS, MELHOR CASAL!!!! AH MEU DEUS!!!!!!) e que sabe sim ser heroico e altruísta. Cress se mostra uma protagonista forte e que se sacrificará por seus amigos sem pensar duas vezes. Lobo tem um final um pouco triste, mas seu amor por Scarlet parece ultrapassar qualquer barreira (no final senti uma pitada de A Bela e a Fera na história deles) e Iko continua demonstrando que mesmo para uma robô, ela tem um coração muito melhor do que muitos humanos.

Não vou estregar o final, mas garanto que ele será muito melhor do que qualquer um possa imaginar. Você termina o livro com um pequeno pesar, não querendo deixar nenhum daqueles personagens tão cativantes. Cada um deixa uma mensagem especial e quando chega o famoso FIM, tudo o que conseguia pensar é MARISSA MEYER, POR FAVOR, FAÇA MAIS UM LIVRO!!!!!!!!

E todos viveram felizes para sempre!!!!


Mavi Tartaglia

Guardiões da Galáxia Vol. 3 - Uma despedida agridoce

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