domingo, 17 de fevereiro de 2013

CRÍTICA: O LADO BOM DA VIDA E LINCOLN

O Lado Bom da Vida








Sinopse: “Por conta de algumas atitudes erradas que deixaram as pessoas de seu trabalho assustadas, Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo na vida: sua casa, o emprego e o casamento. Depois de passar um tempo internado em um sanatório, ele acaba saindo de lá para voltar a morar com os pais. Decidido a reconstruir sua vida, ele acredita ser possível passar por cima de todos os problemas do passado recente e até reconquistar a ex-esposa. Embora seu temperamento ainda inspire cuidados, um casal amigo o convida para jantar e nesta noite ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher também problemática que poderá provocar mudanças significativas em seus planos futuros.
            Com oito indicações ao Oscar, O Lado Bom da Vida é um daqueles filmes que você supostamente irá assistir e não irá se decepcionar. De fato, você não se decepciona. Com interpretações profundas, os atores te levam para dentro das vidas problemáticas e loucas de seus personagens, chamando sua atenção durante todo o filme com momentos que você fica surpresa pela profundidade dos diálogos, sem deixar nunca o lado cômico do filme.
            E apesar disso, tenho que dizer que fiquei decepcionada ao sair do cinema. Dessa vez, não aumentei tanto minhas expectativas, mas ainda esperava por algo um pouco mais de tirar o fôlego devido suas indicações ao Globo de Ouro e Oscar e as críticas positivas do filme. Mas a sensação que deixei o cinema foi que o filme tinha algo para oferecer, uma lição de vida que somente alguns percebem, mas não foi aquela emoção que te deixa arrepiada. O Lado Bom da Vida é aquele filme gostoso para se assistir em uma tarde de chuva debaixo das cobertas com uma boa companhia para dar algumas risadas. É um filme bom, mas não excepcional.
            A cena chave do filme, a competição de dança, foi cômica e gostosa de se ver e o final que agrada a todos, levando os personagens a se encontrarem e ter seus finais felizes em sua própria forma louca.
            Ainda assim, não consigo entender porque tanta badalação ao torno do filme. Concordo que os atores foram muito bons, desenvolvendo seus personagens com afinco e emoção, mas comparado aos outros filmes que estão na lista do Oscar e que eu já assisti até agora, não passa tanta emoção quanto aos outros, assim como não vejo uma grande produção envolvida, o que me leva a pensar: por que o filme está na lista do Oscar? Não quero ofender ninguém que gostou, porque eu também gostei bastante do filme. O Lado Bom da Vida me cativou de forma diferente, embalando-me com a ótima trilha sonora e as atuações, mas ao meu ver, ainda não consegui chegar em sua profundidade para entender porque tanto falam do filme, levando-o até a ser um dos preferidos ao Oscar.
            Em resumo, não é aquele filme que esperamos nas premiações – grande, majestoso e de tirar o fôlego – mas é cativante de uma forma diferente, uma comédia romântica pouco comum e ainda assim, de muito bom gosto.

Nota: 4 estrelas 



Lincoln




Sinopse: “Baseado no livro “Team of Rivals: The Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, o filme se passa durante a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória do Norte. Ao mesmo tempo em que se preocupava com o conflito, o o 16º presidente norte-americano, Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido, ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com a escravidão.
            Em primeiro lugar, está difícil escolher um preferido no Oscar esse ano. Lincoln é o quarto filme da lista que assisto e junto com Os Miseráveis e AS Aventuras de Pi, é aquele filme que prende sua atenção, levando-te para um filme excepcional e com atores que fazem você se arrepiar com a intensidade de seus personagens.
           Daniel Day-Lewis incorpora o papel do ex-presidente dos EUA e com uma voz grave que chama sua atenção, ele desenvolve discursos de te fazer ficar de boca aberta com a intensidade e mensagem passada. Sally Field, que faz a mulher de Lincoln, pode não aparecer em muitas cenas, mas as em que aparece é para marcar presença e ser a atenção da cena. Uma das melhores cenas do filme foi em que os dois atores se encontram no quarto e começam a discutir sobre a ida do filho para a guerra. Essa cena mostrou intensidade na interpretação de ambos os atores, prendendo-te no que se passava e te deixando sem falas no final. Outros atores que se destacaram no filme foram Lee Jones e Lee Pace, que nas cenas que aparecem, souberam dar um show de atuação.
            Além das atuações impecáveis, o cenário e figurino estão de parabéns. Nada é deixado passar e ambos ajudam a dar um clima a história, favorecendo a fotografia e sendo tão perceptivelmente rico que é difícil deixar passar em branco.
            Lincoln é aquele filme que você acaba de assistir e não tem como não parar para pensar. Vendo o filme em uma época que já existem leis assegurando igualdade entre todos, é estranho e emocionante ver a luta pela liberdade dos escravos, assim como a polêmica do voto ser permitido para negros e mulheres.
            PS: Não posso deixar de falar que Steven Spielberg é um gênio e mais uma vez nos mostra como seu trabalho é incrível.
Nota: 5 estrelas

Mavi Tartaglia

domingo, 10 de fevereiro de 2013

CRÍTICA: OS MISERÁVEIS E AS AVENTURAS DE PI



LES MISERÁBLES
Sinopse: “Hugh Jackman interpreta o ex-prisioneiro Jean Valjean, perseguido por décadas pelo implacável policial Javert (Crowe) depois que ele viola sua liberdade condicional. Quando Valjean concorda em cuidar de Cossete, a jovem filha de Fantine (Hathaway) que é funcionária de uma fábrica, suas vidas mudam para sempre.
O musical em cartaz há mais tempo em todo o mundo leva sua força para as telas na interpretação arrebatadora e espetacular de Tom Hooper da história épica de Victor Hugo. Com astros e estrelas internacionais e canções adoradas – incluindo “I Dreamed a Dream”, “Bring Him Home”, “One Day More” e “On My Own” – Os Miseráveis, o espetáculo dos espetáculos, renasce agora como a melhor experiência musical cinematográfica de todos os tempos.”
Hoje em dia, é difícil achar filmes que são musicas e de grande sucesso. Se pararmos para pensar, os únicos musicais que temos em filme são grandes clássicos no cinema ou na Broadway.
E depois de muito tempo sem um musical na tela, ano passado foi lançado o filme Les Miserábles, inspirado na obra de Victpr Hugo e no famoso musical.
Alguns filmes musicais, geralmente, além das músicas que pegam grande parte do filme, temos as falas. Mas não é isso que acontece em Les Miserábles. É quase impossível encontrar uma fala no filme e quando se encontra, geralmente ela é ritmada. O filme foi feito inteiramente com músicas, sendo elas mesmas autoexplicativas, contando a história ao telespectador.
No começo, para quem não é acostumado a assistir musicais, é algo diferente, mas você é rapidamente capturado pelas histórias dos personagens e com o desenvolvimento do filme.
O elenco foi maravilhosamente escolhido. A atuação de todos junto com suas vozes, deu uma emoção no filme que tem horas que é difícil respirar. Hugh Jackman, apesar de não ser um cantor com um vozerão, emociona em suas cenas, colocando toda a emoção no personagem e nos fazendo sentir o que ele passa na história. As melhores músicas, que me tiraram o fôlego e me deixaram com lágrimas nos olhos, foram com certeza I Dreamed a Dream, cantada por Anne Hathaway e que me tirou diversas lágrimas. A participação fa atriz foi pequena no filme, mas só por essa música, vale muito a pena. Outra revelação que gostei foi Samantha Banks, que também emocionou cantando On my Own e que arrebentou em seu papel.
O final do filme foi de tirar o fôlego. Na última música, foi impossível de controlar as lágrimas. A cena foi emocionante, fazendo os pelos de seus braços se arrepiarem com a performance perfeita dos atores.
As vozes dos atores realmente me impressionou, assim como as emoções que eles conseguiram transmitir através das canções. Havia momentos que se você fechasse os olhos, podia imaginar estar em um teatro ouvindo uma ópera.
Les Miserábles, um dos preferidos ao Oscar, realmente merece aplausos em pé. Um história emocionante embalando por músicas mais emocionantes ainda.  
Nota: 5 estrelas





AS AVENTURAS DE PI
            Sinopse: “Pi Patel (interpretado por Suraj Sharma, que venceu uma disputa com 3 mil concorrentes pelo papel) é filho do dono de um zoológico localizado em Pondicherry, na Índia. Após anos cuidando do negócio, a família decide vender o empreendimento devido à retirada do incentivo dado pela prefeitura local. A ideia é se mudar para o Canadá, onde poderiam vender os animais para reiniciar a vida. Entretanto, o cargueiro onde todos viajam acaba naufragando devido a uma terrível tempestade. Pi consegue sobreviver em um bote salva-vidas, mas precisa dividir o pouco espaço disponível com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre de bengala chamado Richard Parker.
            Life of Pi é aquele filme que as pessoas acham ao extremo: ou gostam extremamente ou odeiam extremamente. No meu caso, gostei extremamente.
            O filme, que você pode perceber em muitos momentos um cunho religioso, nos passa lições de vida durante toda a história que Pi conta. Para pessoas extremamente religiosas ou que não seguem uma religião, pode não gostar muito desse lado do filme, considerando que o protagonista possui três religiões. Mas quando o filme pega a parte principal, isso é esquecido um pouco de lado e quando aparece, você está tão envolvido pela história e situação de Pi que consegue entender a fé que o garoto possui.
O filme começa com um escrito que vai até Pi mandado através de um amigo deste para ouvir a história que ele tem para contar. Segundo o amigo de Pi, é uma história que poderia te fazer até acreditar em Deus.
            O filme tem alguns momentos de humor, mas sua mensagem principal é passar uma lição de vida. E olha, que lição! Acabei de ver o filme com lágrimas pelo meu rosto, emocionada pela história de Pi e do tigre Richard Parker.
            A trilha sonora foi muito boa, em algumas partes ajudando-nos a mergulhar na cena. Mas o que mais gostei do filme foi a fotografia e cenografia que tinha horas que te fazia ficar de queixo caído, de tão perfeito e magnifico que era. 
            Algo interessante e bem explorado no filme é a questão da sobrevivência de um humano preso em um bote com um tigre no meio do Oceano Pacífico. Imagina você estar nessa situação. Ao decorrer do filme, você pode captar como tanto Pi quanto Richard lutam pela sobrevivência e aos poucos têm que aprender a conviver um com o outro.
            O final, quando o Pi mais velho termina de contar a história ao escritor, é o momento que você entende o que ele quis dizer no começo sobre acreditar em Deus. As palavras que o protagonista usa te fazem sentir uma emoção que é quase impossível segurar as lágrimas.  Ele diz ao escritor que sua história é algo parecido com Deus: você não vê pessoalmente, não há provas, mas você acredita nele. O jogo de palavras misturadas com os sentimentos do personagem te faz parar para pensar e quando vê, pode estar chorando. Esse final realmente me emocionou e me deixou sem palavras. 
            Gostaria de ter tido a oportunidade de assistir ao filme em 3D, algo que alguns críticos disseram que deu uma emoção muito maior em algumas cenas, principalmente a do naufrágio.
            Vou acabar essa crítica com umas das frases mais tocantes do protagonista: “A vida é um ato de desapego, mas o que magoa é não poder dizer adeus.” 
            Para quem ainda não assistiu, não perca tempo. As aventuras de Pi é um filme maravilhoso e que tem o poder de tocar sua alma.
            Nota: 5 estrelas

Mavi Tartaglia 


sábado, 9 de fevereiro de 2013

CRÍTICA: AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL


LIVRO



Sinopse: "Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo."

O livro é inteiramente contado através de cartas que Charlie envia para um amigo (que eu realmente gostaria de saber quem é, mas infelizmente não é revelado). As cartas contam sobre os acontecimentos que Charlie passa dia a dia no seu primeiro ano no Ensino Médio. No começo do livro, Charlie conta sobre seu único e melhor amigo, Michael, que acabou se suicidando. Agora Charlie tem que descobrir um modo de sobreviver ao colegial sozinho. Mas tudo muda quando ele conhece Patrick e Sam e com eles, começa a fazer novas amizades de descobrir o que a adolescência guarda para todos nós.
O livro, por ser escrito através de cartas de um adolescente, é uma leitura fácil, sem uma linguagem complicada. Mas infelizmente, por mais da metade do livro, ele não chama muito sua atenção. Você não fica presa na história, desejando acabar com ela rapidamente.
Acho que o livro fica realmente interessante pelo final, quando Charlie começa a ser afastado do grupo e quando volta, tem que enfrentar o fato de que seus amigos irão para a faculdade. Peguei-me na maior parte do livro torcendo para Sam e Charlie ficarem juntos, ou que algo acontecesse para me prender no livro. Muitas vezes, fiquei irritada com o protagonista que parecia que só sabia chorar e isso foi me revoltado.
No geral, o livro é bom. Não é aquela leitura que irá te envolver completamente, não querendo largar o livro. Mas é um livro calmo, para quando você quer ler algo fácil, com calma.
Há algumas passagens do livro que te faz parar para pensar, que faz você pensar um pouco em como está vivendo, toda a confusão que está nossas mentes na adolescência. Uma das passagens do livro que gostei e me fez pensar foi essa:
"Havia aquela parte em que um personagem, que é um arquiteto, está sentado em um barco com seu melhor amigo, que é magnata da imprensa. E o magnata da imprensa diz que o arquiteto é um homem muito frio. O arquiteto replica que, se o barco estivesse afundando, e só houvesse espaço para uma pessoa no bote salva-vidas, ele desistiria de sua vida com prazer em favor do magnata. E depois ele diz algo como…
“Eu morreria por você. Mas não viveria por você.”
Algo assim. Acho que a ideia é que cada pessoa tem de viver para a própria vida e depois escolher compartilhá-la com outra pessoa."
Enfim, o livro não é uma leitura perdida, mas se você espera um livro envolvente que te manterá acordada a noite, esse não é o livro adequado. 

Nota: 3

FILME


Estranhamente, esse é um daqueles filmes que ele é melhor do que o livro. Uma das coisas que gostei que o Charlie interpretado por Logan Lerman, apesar de ter todas as características do livro (tímido, invisível, perturbado , ele não chora por qualquer coisa, algo que me irritava tremendamente no livro. 
Eu amei a performance do ator que faz Patrick. Ele deu vida ao personagem, criando momentos cômicos e sendo um personagem que cativa sua atenção. Apesar de Emma Watson ser completamente diferente da descrição da personagem em relação a aparência, ela detonou como personagem de Sam. Realmente amei o modo que ela retrata Sam, com toda aquela animação e não somente cativando a atenção de Charlie, mas a de quem está assistindo o filme também.
O filme foi perfeitamente bem feito. Os atores - todos, sem exceção - detonaram em seus personagens. O que eu gostei do filme é que ele passa sentimentos para você que você não encontrou enquanto estava lendo o livro. A ótima trilha sonora do filme ajudou muito, fazendo você entrar no clima do filme e dos sentimentos dos personagens.
Houve muitas cenas do filme que eu ri muito, assim como teve cenas que me deixou com lágrimas nos olhos, como a cena que Charlie conversa com Sam no quarto dela, ou a cena final do filme, quando Charlie sobe na camionete e abre os braços, sentindo o vento em seu rosto. Essa cena em especial, abalada pelo som de Heroes ficou perfeita, me deixando arrepiada e com lágrimas nos olhos.
O que tenho para dizer depois de assistir o filme é que os atores estão de parabéns. Todos deram vida e emoção ao seus personagens. A história foi muito bem escrita e contada nas telas, despertando emoções em você, com ou sem a trilha sonora perfeita ao fundo.

Nota: 5

Mavi Tartaglia



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

TRANCAFIADOS


Todos temos algo que não contamos para ninguém. Sentimentos tão profundos que até você tem medo de olhá-los. Sentimentos trancados tão bem dentro de si que as vezes até se esquece deles. Esses sentimentos geralmente estão ofuscados por um sorriso, por uma ação que você faz para mostrar que está tudo bem, quando na verdade, por dentro você se sente a beira de um penhasco, esperando a queda. Mas você é forte de qualquer modo. Porque as pessoas simplesmente não param e olham em seus olhos, não veem o que está escondido neles e o sofrimento que eles carregam. As pessoas se trancam em seus mundinhos, não percebem o que acontece ao redor. Ninguém liga. E então você também não liga. Você se tranca por dentro e finge por fora.
Mas nada é para sempre. Chega um momento, que por mais que se fuja, por mais que você tranque sua mente, querendo não pensar em algo, uma hora simplesmente, sem você perceber. é pesado demais para manter dentro de você. Sabe aquele momento em que você começa a chorar por razão nenhuma? Ele não existe. Você sempre está chorando por antigas feridas, por sentimentos trancados e há muito tempo não pensados e sentidos. 
Você nunca deve guardar uma coisa dentro de si por muito tempo. Cada segundo que passa, é pior. O que você está sentindo vai ficando maior, o tempo vai aumentando isso sem você se dar conta. E quando tudo explodir como uma bomba relógio, será pior. Todas as feridas tem que ser cicatrizadas, mais quanto mais tempo leva, mais tempo doí.
Quantas vezes você não desejou colocar tudo o que está escondendo para fora? Gritar e chorar até se esvaziar, até tirar tudo o que estava acorrentando dentro de si? Eu sinto isso o tempo todo. Eu sinto meus segredos e sentimentos me sufocando, implorando para serem libertos. Mas as vezes o medo de sofrer é maior. E então preferimos adiar, preferimos guardar.
Mas exatamente como uma bomba relógio, você não sabe quando tudo irá explodir e quantos danos irá causar. Não sabe quem irá atingir além de você. É imprevisível. É incontrolável.
E é por isso que há dias que você se sente para baixo. É por isso que há dias que você começa a chorar. É quando você se dá conta que não pode mais aguentar, não pode mais prender coisas que não devem ficar presas. E quando isso acontecer, simplesmente sinta tudo, diga tudo. Chore e grite, mas tente tirar tudo de dentro de você.
Nada dura para sempre. Nem os risos e nem as lágrimas. E por mais difícil que pareça, terá um dia que simplesmente a tranca irá se soltar sozinha. E é nesse dia que você se sentirá desmoronando por dentro. 

Mavi Tartaglia


Guardiões da Galáxia Vol. 3 - Uma despedida agridoce

  Guardiões da Galáxia Vol. 3 chegou nesta quarta-feira (04/05) aos cinemas para fechar a trilogia do grupo, dirigido e roteirizado por Jame...