quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Rsenha Trono de Vidro

Sinopse: “Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, um jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo.”




Confesso que quando me indicaram esse livro e eu li a sinopse, não botei muita fé. Demorei um tempo para encontrar e um pouco mais para tirar da estante e decidir ler. Nos primeiros capítulos, o pé ainda estava atrás e estava começando a me arrepender de ter iniciado a leitura. Alguma coisa na escrita da autora estava me incomodando e não me sentia envolvida com a história, mas decidi continuar.

Aos poucos então fui me envolvendo. A escrita começou a melhorar a chamar minha atenção. Comecei a ler os capítulos com mais curiosidade e mais vontade, além da leitura começar a ficar agradável, daquelas que você nem vê o tempo passar. 

O que mais gostei do livro foi a protagonista. Celaena é uma protagonista forte – o que já é esperado, já que é uma assassina – mas ao mesmo tempo, consegue ser engraçada, feminina e mesmo assim fora dos padrões, tendo seus momentos também não muito femininas, digamos assim. Ela sai daquela caixinha de clichê de protagonistas, o que nos leva para grandes surpresas, nunca sabendo exatamente como ela vai reagir. Além disso, é a personagem mais bem montada, o que torna fácil sua ligação com ela (apesar de seu passado ser pouco a pouco revelado).

Mas na verdade, essa é o grande ponto alto da história, e só. O restante do livro não traz nada de surpreendente, cai em vários clichês, além de furos na história. A maior parte dos personagens são muito mal construídos, principalmente os vilões, o que traz um buraco enorme para a história. O rei apareceu poucas vezes e não havia motivação nenhuma por trás de seus atos além de querer mostrar poder, mas que por ter sido mal construído, parecia que estava ali só por estar, sem reais motivações por trás de tudo.

Além disso, logo no começo da trama já sabíamos o rumo que a história iria tomar. O começo, meio e fim já estava todo ali para você e ao chegar ao final do livro, não há grandes surpresas em relação a trama principal. 

Outro fator que me decepcionou foi o triangulo amoroso. Fazia muito tempo que não lia um livro com um triângulo tão forte assim e o tempo gasto com ele e romance foi demais (eu adoro um romance, acho que até pode acrescentar para a história, mas quando é bem dosado). No casa desse livro, o romance não era o foco principal da trama (nem é apresentado na sinopse), o que tirou totalmente o foco de ser um livro épico e da jornada da heroína. Confesso que por enquanto sou Team Príncipe, mas vamos ver para onde vai essa história. Achei que avançou muito rápido essa relação dos três, sem dar uma devida profundida (coisa que acontece com todos os personagens dos livros).

Outros fatores decepcionantes foram as provas e a Celaena não mostrar o livro inteiro para o que veio. As provas são uma mais babaca que a outras. É um livro de AÇÃO e ÉPICO, coloque para quebrar!!!! Elas passavam rápido e sem devida atenção. E com isso, nunca soubemos realmente as habilidades da protagonista que a todo momento era chamada de “a melhor assassina”, mas que nunca pode mostrar seu valor. 

Porém, nem tudo está perdido. A parte da fantasia, que lentamente é introduzida nesse livro, nos deixa esperança que dias melhores virão. A autora consegue montar esse cenário muito bem e por não ter dado muito atenção à ele, fica a promessa que teremos esse lado mais explorado nos próximos livros – como era a magia antes de ser banida, o que a trará de volta, quais as consequências se o Rei quiser usá-la e claro, envolvimento Celaena nisso tudo. 

Por esse motivo, ao final do livro, você ainda tem uma curiosidade de continuar a leitura. A esperança para que a trama melhore e mostre mais facetas dos personagens faz você querer persistir a leitura. Além disso, já que o triângulo foi montado, como isso irá afetar a assassina e seus dois amores, o Príncipe, que cada vez mais parece querer se afastar das atitudes do pai e o Guarda, que sempre foi contra o envolvimento da assassina em toda a trama. 

Ao final, é uma leitura rápida. A história prometia mais do que cumpriu, mas tenho esperanças para o futuro da saga. Para quem nunca adentrou nesse mundo de histórias épicas, é um bom livro para se começar e acostumar com o gênero.

Mavi Tartaglia

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