segunda-feira, 22 de julho de 2013

CRÍTICA: DIVERGENTE


Divergente

Sinopse:Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.
E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.”
                Entrando na onda de livros distópicos, Divergente é mais um livro que se passa em um mundo futurista onde a humanidade é dividida em 5 facções com o objetivo de acabar com a guerra, pois essa acontecia devido a personalidade das pessoas.
                O livro se passa no ponto de vista da protagonista, Beatrice, que ao completar 16 anos tem que escolher uma facção, desistindo de sua família para ir a busca da facção que ela pertence (uma frase usada muito no livro é “facção antes do sangue”), sendo que ao escolher uma facção, você deve desistir de tudo, até de sua família.
                O problema começa quando o teste de Beatrice dá um resultado inconclusivo, o que significa que ela é uma Divergente, alguém que não tem uma facção certa como resultado. Mas aos olhos de todos um Divergente é alguém perigoso, por isso Beatrice tem que manter esse segredo enquanto deve fazer uma escolha que refletirá em seu futuro.
                A protagonista acaba escolhendo a facção da Audácia, onde constantemente sua coragem é colocada à prova e onde você tem que lutar com garras e dentes todos os dias para encontrar um lugar senão vira uma sem-facção (que seriam pessoas sem uma facção e que moram nas ruas).
                O ponto chave da história é que por Tris ser Divergente, ela nunca encontra um “lugar” na nova ou velha facção. Ela sempre está questionando o que as facções pregam, sempre se perguntando o que significa ser corajoso, inteligente, altruísta, franco e amigo. Você pode ser uma coisa sem ser a outra? Será que todos só temos uma coisa dentro de nós? Para ser algo, você tem que abandonar outra característica da sua personalidade? Um Divergente nunca é somente uma coisa e é ai que entra a grande questão de como o ser humano realmente é, do que nossos atos podem significar.
                Enquanto lia o livro, o tempo todo me pergunta em que facção acabaria caindo e sempre que chegava a uma conclusão, segundos depois mudava de opinião. O livro entra na sua mente de modo que você fica o tempo inteiro questionando suas atitudes e as atitudes das pessoas ao seu redor. Os personagens que compõem o livro sempre levantam uma questão que faz você ficar pensando sobre o verdadeiro significado das coisas.
                Em primeiro lugar, temos Tris que sempre está procurando as respostas sobre o que é ser uma Divergente e se temos um lugar certo no mundo. Four/Tobias é um personagem que facilmente nos intriga. Ele é bom ou mal? No começo do livro, o tempo todo me pegava tentando descobrir o que Four realmente era, qual sua verdadeira personalidade. Ele é um dos personagens que mais trazem questionamentos. Depois temos Eric, um personagem que rapidamente passamos a odiar. Ele é duro com todos e não tem piedade, o que nos leva a perguntar se isso é ser corajoso. A amiga de Tris, Cristina, é outra que me intrigou. Ela é muito transparente por ter vindo da Franqueza, algo que às vezes irritava, mas que acaba ganhando um lugar em nosso coração.
                Temos muitos outros personagens que nos intrigam. O que gostei bastante do livro é que a todo o momento um personagem acabava colocando algo que nos fazia pensar, algo que nos fazia ter outra visão da situação e o que significava cada facção.
                O livro, apesar de ser grande (500 páginas) é fácil de ler (este foi um dos livros que devorei e não parei a leitura até termina-lo). A autora narra os fatos de modo que te prende na narrativa e a todo o momento algo novo está acontecendo, então não temos tempo para pensar e para digerir todas as informações, o que agiliza a leitura, mas ao mesmo tempo deixa um vazio na narrativa por não explicar muito as coisas, como o que está acontecendo com o mundo fora de Chicago. Você vai parar para pensar nos acontecimentos só depois que termina o livro, quando sua mente se estabiliza.
                As mortes que acontecem nos livros também não te chocam muito pelo fato de você não conseguir ter uma ligação muito forte com os personagens devido a grande quantidade de informação que é colocada no livro. O romance, apesar de estar na história, só ganha mais espaço no final do livro, o que me deixou meio triste porque queria ver mais da Tris com o Tobias (que se mostrou um personagem muito cativante).
                Enfim, as falhas do livro são mínimas e a história te envolve tanto que você nem chega a dar muita atenção para isso. Insurgente, o segundo volume da série, já está aqui comigo para ler e espero que seja tão bom quanto o primeiro.
                Obs: Se você gosta de frases de efeito (eu sou APAIXONADA por frases assim), vai adorar o livro. Ele está recheado de frases desse tipo.

                Obs2: Os direitos da trilogia já foram comprados para virar filme e o primeiro, Divergente, já foi até gravado (inclusive ele teve um painel da Comic Com deste ano). O elenco principal me decepcionou um pouco, principalmente o Four/Tobias. O ator é bonito e tal, mas não é o que eu imaginava. Espero que sua atuação seja boa e me faça mudar de opinião. O filme chega aos cinemas no começo de 2014.
                Nota: 4 estrelas
Mavi Tartaglia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Guardiões da Galáxia Vol. 3 - Uma despedida agridoce

  Guardiões da Galáxia Vol. 3 chegou nesta quarta-feira (04/05) aos cinemas para fechar a trilogia do grupo, dirigido e roteirizado por Jame...