quinta-feira, 13 de junho de 2013

CRÍTICA INFERNO, DAN BROWN


Inferno

Sinopse: “Neste novo e fascinante thriller Dan Brown retoma a mistura magistral de história, arte, códigos e símbolos que o consagrou em O código Da Vinci, Anjos e demônios e O símbolo perdido e faz de Inferno sua aposta mais alta até o momento. No coração da Itália, Robert Langdon, o professor de Simbologia de Harvard, é arrastado para um mundo angustiante centrado em uma das obras literárias mais duradouras e misteriosas da história: O Inferno, de Dante Alighieri. Numa corrida contra o tempo, Langdon luta contra um adversário assustador e enfrenta um enigma engenhoso que o arrasta para uma clássica paisagem de arte, passagens secretas e ciência futurística. Tendo como pano de fundo o sombrio poema de Dante, Langdon mergulha numa caçada frenética para encontrar respostas e decidir em quem confiar, antes que o mundo que conhecemos seja destruído”.
Até que enfim consegui ler esse livro. Estava quase tendo um ataque de tanto desespero enquanto aguardava o lançamento e a chegada do livro. Quando chegou Inferno, tive que parar de ler o outro livro que estava mergulhada para entrar no incrível e magnifico mundo de Dan Brown mais uma vez.
Como admiradora das artes, principalmente as obras antigas, desde que O Código Da Vinci me apaixonei pela escrita de Dan Brown, que mistura além de história da arte, mistério e ficção cientifica – o que na minha opinião, é uma mistura perfeita.
Inferno me cativou desde que fiquei sabendo da sinopse, sendo que a trama inteira seria baseada em um grande clássico da literatura, A Divina Comédia. Ao começar a ler o livro, rapidamente você reconhece a ação e mistério que marca as obras do autor.
Algo que gosto nos livros de Dan Brown, principalmente os protagonizados por Robert, é a forma como seus protagonistas sempre vencem desafios que parecem ser invencíveis usando a inteligência, lógica e conhecimento. Em Inferno, vemos muito disso, não só da parte de Robert, mas também de Sienna, que está sempre surgindo com ideias geniais.
Acredito que um dos pontos fortes do livro é a critica social devido à população do mundo que tende a aumentar cada vez mais. Dan Brown trata o assunto de um modo que é impossível você não parar e pensar, imaginando o que o futuro nos aguarda.
Outro ponto forte são os vilões, em especial o principal, que nos surpreende com sua forma de pensar e seus atos para conseguir o que quer. No começo, você luta contra as ideias dele, mas logo começa a entendê-lo melhor. Creio que esse é um dos vilões mais bem criado que já li. Como o próprio Dan Brown disse, "o vilão mais interessante é aquele que faz a coisa errada pela razão certa."
Inferno me surpreendeu de uma forma que eu não esperava. A trama vai te prendendo de um modo que você fica desesperado para saber como Robert vai se safar do próximo problema, ao mesmo tempo que não vê a hora de saber o grande desfecho.
A história foi muito bem escrita, intercalando os momentos do passado e presente, encaixando devagar as peças do quebra-cabeça e te deixando cada vez mais de boca caída. O final foi de tirar o fôlego, revelando coisas que você nunca imaginaria que fosse acontecer. Eu realmente fiquei revoltada e em choque, nunca imaginando que a trama iria por esse caminho. Prepare-se para o final de tirar o fôlego e te deixar de boca caída.
Bem no finalzinho do livro, quando finalmente é revelado o que aconteceu, tenho que dizer que fiquei um pouco decepcionada, mas ao mesmo tempo adorei o desfecho. Spoiler: Fiquei decepcionada porque esperava por outra coisa, como uma grande doença ou que Robert conseguisse impedir que o conteúdo vazasse. Em contrapartida, tenho que dizer que o final dado é algo que NINGUÉM imaginaria. Apesar da pequena decepção, o final foi genial, colocando tudo nos eixos e achando uma solução para o problema apresentado.
Ao terminar o livro, o que Dan Brown pregou ficou em minha mente e acredito que na da maioria das pessoas que lerem. É impossível não parar pelo menos por um segundo para pensar e até mesmo discutir.
Ao todo, o livro foi muito bom. Alguns momentos, a trama é um pouco cansativa devido às explicações de obras e lugares, mas é algo importante para entender a trama. Mesmo assim, Dan consegue voltar o ritmo alucinante rapidamente.
Uma dica: quem puder, leia com o google aberto ao lado. É de muita ajuda para pesquisar as imagens e lugares apresentados no livro, ajudando a entender melhor a trama. Isso vale para todos os livros de Dan Brown.

Nota: 4,5 estrelas

Mavi Tartaglia


7 comentários:

  1. Adorei sua crítica! O começo e desenvolvimento do livro foi ótimo na minha opinião, não conseguia larga-lo, mas tenho confessar que o final foi totalmente decepcionante! Esperava MAIS, a história não acaba, não tem realmente um fim, o Robert fracassou.. E se você já leu todos os livros dele, como eu, sabe que em todos os livros o protagonista, neste caso o Robert, sempre acaba na cama com a mulher sexy e super inteligente (que em todos os livros dele tem), e neste livro não passa de um beijinho :/
    Enfim, esperava muito mais..

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    1. O final foi meio decepcionante sim. Já li todos os livros dele e esperava um pouco mais. Apesar disso, Dan soube colocar dúvidas na mente de todos. Eu não esperava o final que ele deu, então isso me deixou um pouco mais feliz.

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    2. Sinceramente, achei o livro um tédio! Do meio para o fim eu já havia me arrependido do dinheiro gasto! Sou fã do autor, li e adorei as suas outras histórias. Acompanhei passo a passo todas as tramas anteriores, inclusive a improvável de "Anjos e Demônios", mas desta vez ele abusou um pouco da fama. Que decepção!!
      Águeda.

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  2. Li "Fortaleza Digital" (é o que acho mais talentoso), "Ponto de Impacto", "Anjos e Demônios" e "O Código DaVinci". Comprei, também, "O Símbolo Perdido" que desisti, quase que no começo, por perceber que, mais uma vez, o autor recorria à mesma "receita de bolo" que neste "Inferno" ele parece aplicar. Ainda estou no enfadonho começo (pra falar a verdade, pg 116) e já posso dizer (sobre a tal "receita"): mais uma vez (e em todos os livros) o nada carismático personagem encontra uma bela e inteligente (mais que o próprio) mulher que vai ser "seu Toddynho": sua companheira de aventuras! 1) pegue uma tigela e acrescente alguém, de uma associação poderosa, quer tomar posse de um segredo de dominação global;
    2) Misture a um (a) vilão (ã) de nome nada convencional;
    3) Bata tudo com aulas de conhecimento artístico;
    4) Em seguida, despeje numa forma com perseguições por toda sorte de arquitetura antiga;
    5) Leve ao forno;
    6) Sirva avisando que a tal organização poderosa não quer dominar o Mundo, mas um louco presente nos seus altos escalões.

    Alguém pode dizer quais os livros são degustados assim?

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  3. Achei o livro muito bom, mas não ótimo.
    Até o meio tive a impressão de estar lendo o mesmo livro pela sexta vez. Novamente um casal de indivíduos excepcionais se encontra envolvido em uma situação fora de controle que envolve um grupo secreto e um órgão governamental e precisa se virar em muito pouco tempo, numa correria louca, para salvar o dia. Para essa tarefa contam apenas com seus vastos intelectos e conhecimentos muito específicos porém convenientemente adequados para a situação. E tome livro-documentário da Discovery, com descrições infindáveis das belas obras de arte espalhadas pelo velho continente e suas histórias.
    Mas do meio pro fim, me parece que o autor se livrou da ideia de que precisava escrever mais um livro e lembrou que tinha um propósito ali, fomentar um debate sobre a superpopulação global e as implicações morais do transhumanismo, e aí o livrou ganhou vida!

    SPOILERS SPOILERS SPOILERS SPOILERS SPOILERS SPOILERS SPOILERS SPOILERS

    Gostei do vilão, que na minha opinião revelou-se herói no fim da estória.
    Gostei da jogada de insinuar um relação homo-afetiva para despistar o leitor sobre as reais intenções de Sienna Brooks, me enganou direitinho!
    Não entendi em que momento Robert Langdon perdeu o relógio, foi no hospital?

    FIM DOS SPOILERS FIM DOS SPOILERS FIM DOS SPOILERS FIM DOS SPOILERS

    No fim das contas o balanço da leitura me foi positivo.
    Deixo uma questão para ser discutida:
    Será que não está na hora de Dan Brown assumir o risco de inovar e se reinventar?
    Tenho certeza de que um escritor tão bom tem muito mais a oferecer se aceitar o desafio de sair da sua zona de conforto, com Robert Langdon (ou derivados) e sua velha receita de bolo. É preciso correr algum risco; ou desagradar alguns escrevendo algo novo ou desagradar outros betando na mesma tecla, que já está dando sinais de desgaste.
    Afinal:
    “Os lugares mais obscuros do Inferno são reservados àqueles que se mantém neutros em tempos de crise moral”.

    Obrigado pelo espaço e parabéns Mavi Tartaglia pela excelente crítica.

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    1. Concordo com tudo que você disse. Quando se lê um livro do Dan Brown, você sempre encontra as mesmas coisas, apesar das histórias serem diferentes e trazer sempre um algo a mais.
      Mas o que realmente gostei de Inferno foi a crítica feita. Realmente acho que ele se superou com essa ideia, o que deixou o livro melhor.
      Acho que o vilão e a Siena foram as grandes surpresas do livro. Fiquei com a boca aberta quando foi revelado a identidade dela e o vilão, aos poucos, foi me conquistando com o suas ideias, que não podemos negar que fazem um pouco de sentido.
      Sobre sua dúvida, ele perdeu o relógio no hospital, sim. Quando fugiu, seu relógio ficou com suas roupas.
      Olha, acho que o Dan realmente impressionou nesse livro, tanto no enredo quanto na história. Acho que o escritor finalmente está percebendo que tem que dar uma renovada e apesar de nesse livro não termos visto muitos sinais disso, acredito que seus outros livros darão mais abertura a isso.
      Obrigada por deixar seu comentário.

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  4. Só para constar, meu nome é Gustavo SIlveira.
    Eu escrevi o comentário acima mas a identificação não saiu, embora eu tenha logado no blog. :p

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