quarta-feira, 24 de julho de 2013

CRÍTICA INSURGENTE


Insurgente
            Sinopse: “Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.” 
            Insurgente começa exatamente onde Divergente parou. Ao contrário dos outros livros que geralmente dão um espaço de tempo, o segundo volume da trilogia começa no ponto exato de onde o primeiro começo.
            O segundo livro é tão viciante quanto o primeiro. A leitura continua fluindo e para quem se desapontou com o pouco romance no primeiro, somos compensados com Tris e Tobias se aproximando mais em Insurgente. Infelizmente, com o aumento do romance, temos o aumento de discussões entre os dois. Ao mesmo tempo que são diferentes, Tobias e Tris são muito parecidos em suas personalidades, principalmente por serem cabeça dura. Quase todas as discussões que eles têm é porque são teimoso e nenhum dos dois querem ceder e mostrar que estão errados.
            Insurgente se foca principalmente no governo, mostrando como as facções estão frágeis e que não são realmente como mostradas. Ao mesmo tempo, temos grande foco em Tris que se sente culpada pelos acontecimentos de Divergente.
            Neste livro, nos deparamos com os sem-facção, que passei o livro inteiro com um pé na frente e outro atrás, não sabendo se suas atitudes eram o que Tobias achava ou o que Tris acreditava. O foco principal se encontra em uma informação que Marcus tem e que o governo da Abnegação estava tentando proteger o tempo todo até que a Erudição a conseguiu. O livro o tempo inteiro se foca nesse assunto com Tris indo a busca dessa informação que tem a capacidade de mudar tudo enquanto tem que escolher entre o amor e o inimigo.
            Senti que nesse livro os personagens ficaram muito mais complexos. Em Divergente, sempre tive minhas duvidas em relação a Cristina, Al e Will, que tinha hora que eram amigos dela e em outro momento estavam bravos com a mesma. Sempre me simpatizei mais com o grupo de Uriah e em Insurgente podemos ver como os amigos da Tris a tratam diante de tantas coisas difíceis que está acontecendo. A personagem da Cristina que irritou durante a maior parte do livro e somente no final consigo gostar dela novamente. Já o grupo de Uriah, é impossível não gostar da relação deles com Tris. Eles são aqueles tipos de amigos divertidos e que estão com você em qualquer situação.
            Outros personagens que me surpreendi foram Caleb, Peter e Jeanine. Pensei que Caleb seria aquele personagem que por ser irmão da principal, não apareceria muito, mas me enganei. E caramba, como valeu a pena ter ele nesse livro! Peter foi outro personagem que sempre tive um pé atrás. Ao mesmo tempo que sabia de sua inclinação para maldade, sempre achei que ele teria o potencial de surpreender e Veronica fez um trabalho brilhante com ele nesse livro. Já Jeanine é uma das vilãs que te deixa intrigada. Ela não é aquela pessoa má, mas uma pessoa totalmente fria e calculista e que não mede esforços para conseguir o que quer. Adorei ela ter ganhado um maior espaço nesse livro.
            Mas voltando ao casal principal, ambos me surpreenderam. Em Insurgente, vemos mais de Tobias e de como era a vida dele, passando a entender suas reações. Tenho que dizer que adoro o modo frio e duro dele, assim como amo os momentos em que ele demonstra mais seus sentimentos por Tris. Em minha opinião, Tobias foi o personagem mais bem montado por Veronica e um dos mais cativantes que já encontrei em livros. O tempo todo eu me pegava pensando o que se passava na cabeça do garoto, o que o modo como ele se comportava mostrava. O fato de ele ser tão teimoso quanto Tris só o deixou mais interessante. Algo que eu realmente gostaria de ver é a história em seu ponto de vista. Aposto que traria muitas surpresas.
            O único ponto baixo do livro foi Tris. Em Insurgente, perdemos aquela Tris corajosa que conhecemos em Divergente. A garota passa o tempo todo assombrada por sua culpa e isso seria bom se ela soubesse controlar, pois desperta sentimentos e ações diferentes na protagonistas. Mas Beatrice entrou em uma espécie de stress pós-traumático, perdendo a vontade de viver e tornando-se suicida. Ela me irritou MUITO nesse livro e a personagem pelo qual nos apaixonamos no primeiro livro só volta a ativa no final do livro, o que deixa um pouco a desejar. Espero que no último livro da triologia ela volte a ser a Tris que conhecemos em Divergente.
            Já os pontos altos do livro foram as cenas de ação que aconteciam a todo momento, te deixando extremamente ansiosa, a melhor introdução de alguns personagens que tinham potencial e principalmente, os momentos de surpresa. Posso dizer que passei o livro inteiro soltando OMG!!! com cada  coisa que você não esperava acontecendo. Esse livro é recheado de surpresas, principalmente o final que te deixa sem fôlego. Terminei o livro gritando de raiva, não acreditando que ele havia acabado. Agora que as coisas começavam a se explicar, termina daquele jeito sem fim e que te faz ter vontade de gritar com a autora.
            Insurgente com certeza foi melhor que Divergente e não vejo a hora de saber o que Veronica irá nos trazer no último livro.
            Obs: algo que realmente gosto nos livros da Veronica é que ela sempre consegue nos surpreender e fogo dos clichês. Estou adorando o fato de ela conseguir colocar obstáculos entre o romance dos protagonistas sem formar o famoso triângulo amoroso. Outra coisa que admiro nela é a coragem de matar os personagens. Ela não tem dó e a todo momento, um personagem está morrendo, te deixando de boca caída. Uma dica: NÃO SE APAGUE AOS PERSONAGENS DOS LIVROS.
            Aqui deixarei alguns trechos do livro que gostei.
            “Acho que choramos para liberar o nosso lado animal, sem perder a humanidade. Porque, dentro de mim, há uma fera que rosna, ruge e luta por liberdade, por Tobias, e acima de tudo, pela vida. Por mais que eu tente, não consigo matar essa fera.
            Por isso, apenas soluço, chorando e cobrindo o rosto com as mãos. “
            “ A tristeza não é tão pesada quanto a culpa, mas rouba mais de nós”
            “Descobri que as pessoas são compostas de camadas e mais camadas de segredos. Você pode achar que as conhece, que as entende, mas seus motivos estão sempre ocultos, enterrados em seus próprios corações. Você nunca as conhecerá de verdade, mas às vezes decide confiar nelas.

            Nota: 4,5 estrelas
            
Para ver a crítica do primeiro livro da série, Divergente: http://mavitartaglia.blogspot.com.br/2013/07/critica-divergente_22.html
            Mavi Tartaglia

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