domingo, 31 de março de 2013

CRÍTICA: LIVRO A HOSPEDEIRA

A HOSPEDEIRA


Sinopse: “Melanie Stryder se recusa a desaparecer. Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo. Quando Melanie, um dos humanos "selvagens" que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a "alma" invasora designada para o corpo de Melanie foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente.
Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém a quem foi submetida por uma espécie de exposição forçada. Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa do homem que ambas amam.
            Tenho que ser sincera: quando comecei a ler A Hospedeira pela primeira vez, fiquei decepcionada (e pelo visto não foi somente eu que me senti assim). O começo do livro é bem parado, sendo que ele se foca na explicação do que está acontecendo na Terra. A narrativa nesse começo é lenta e muitas pessoas acabaram desistindo do livro por isso. Eu mesma fiz isso. Aposentei o livro por mais ou menos uns dois meses até finalmente bater o pé no chão e decidir que ia terminar de ler o livro.
            Fiquei com vontade de me bater depois de alguns capítulos lidos. POR QUE EU TINHA PARADO? O LIVRO ESTÁ QUASE ME MATANDO! Sim, essa foi minha reação. Depois que passa essa parte chata do começo, você não consegue largar o livro. Você fica presa de um modo transformante, querendo ler mais e mais.
            Aos poucos, você começa a se apaixonar por Peregrima, uma alma (não no sentido alienígena) extremamente boa e apesar de estar confusa e com medo, sua compaixão a leva a não querer tirar Melaine de sua mente.
            Melaine é de difícil convivência. Ao contrário de Peg, Melaine é teimosa, luta pelo que quer e por quem ama, não se importando se precisar passar por cima de alguém para salvar aqueles que são especiais para ela.
            E é justamente por isso que ela começa a jogar suas memórias na mente de Peg, fazendo-a aos poucos começar a amar Jamie, irmão de Melaine, como seu próprio irmão e se apaixonar por Jared, namorado de Melaine.
            É a partir daí que o livro realmente fica emocionante. Melaine e Peg se juntam para ir a busca daqueles que amam e tem a esperança de encontrar o Tio Jeb e mais alguns humanos sobreviventes.
            Quando ela os encontra, o livro fica ainda mais emocionante, porque podemos ver a interação da Peg com os humanos, tanto pelos olhos dela, como os de Melaine e a reação dos humanos por ter uma “alma” entre eles.
            Stephenie Meyer consegue mesclar todos os tipos de sentimentos nesse livro. Você fica confusa com a onda de sentimentos tão diferentes que te abate durante a leitura, querendo ter aqueles personagens para você. Tem horas que você morre de raiva de um personagem (principalmente o Jared no começo), assim como morre de fofura com o Ian e adquire um instinto protetor com Jamie.
            A autora criou algo diferente e dessa vez, parece que há mais publico gostando de suas ideias, ao contrário do que aconteceu com a Saga Crepúsculo. Stephenie cresceu muito escrevendo esse livro e isso é perceptível a cada página. Sua história é renovadora e sua escrita está melhor. Acredito sinceramente que este livro irá abrir portas para um novo tipo de fã.
            A história é muito bem contada e por ser um livro grande, acha que será cansativo, mas é o contrário. Você não consegue parar e quer saber desesperadamente o que está por vir, saber mais da vida dos humanos e dos alienígenas, sendo transportado para aquele mundo fascinante.
            Eu li o livro quando ele lançou aqui no Brasil e sou aquela fã fervorosa do livro. Reli ele pela terceira vez devido o lançamento do filme e como as últimas duas últimas vezes, acabo a última página desejando por mais IMEDIATAMENTE (querida Steph, por favor, escreva logo a continuação. Estou esperando desde 2009. Muito obrigada).
            A Hospedeira é um outro nível de leitura, algo totalmente novo mesmo. Temos um cenário futurista com alienígenas e no meio de tudo isso, temos um triângulo (ou quadrado) amoroso que é de tirar o fôlego.
            Algo que gostei muito é o modo que os humanos são descritos. Por um lado, são violentos e egoístas, mas ainda assim, temos capacidade de amar. Um exemplo disso é a própria Melaine, que vemos que as vezes é bem furiosa e tem instintos assassinos (não de um modo ruim), mas que consegue amar intensamente. E é ai a grande pegada. Peregrina descobre que apesar de estar em diversos mundo, por mais violenta que a Terra seja, somente humanos consegue ter sentimentos tão fortes, inclusive o amor. E é por esses sentimentos que ela é arrastada e começa a gostar e até mesmo compreender os humanos.
            Garanto que se ler A Hospedeira, não irá se arrepender. O começo é chato, mas depois que embala na leitura, irá amar e se apaixonar por essa leitura intrigante. Quem desistiu de ler, tente pegar o livro de novo e ir até o fim. Quem ainda não leu, fica a dica.

Nota: 5 estrelas


Mavi Tartaglia

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