A HOSPEDEIRA
Sinopse: “Melanie Stryder se recusa a desaparecer.
Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os
humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas,
enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente
sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo. Quando Melanie, um dos
humanos "selvagens" que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de
que será seu fim. Peregrina, a "alma" invasora designada para o corpo
de Melanie foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as
emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e
das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a
antiga ocupante de seu corpo se
recusa a desistir da posse de sua mente.
Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com
o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana.
Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama:
Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu
corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém a quem foi
submetida por uma espécie de exposição forçada. Quando os acontecimentos fazem
de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e
perigosa do homem que ambas amam.”
Tenho que ser sincera: quando
comecei a ler A Hospedeira pela primeira vez, fiquei decepcionada (e pelo visto
não foi somente eu que me senti assim). O começo do livro é bem parado, sendo
que ele se foca na explicação do que está acontecendo na Terra. A narrativa
nesse começo é lenta e muitas pessoas acabaram desistindo do livro por isso. Eu
mesma fiz isso. Aposentei o livro por mais ou menos uns dois meses até
finalmente bater o pé no chão e decidir que ia terminar de ler o livro.
Fiquei com vontade de me bater
depois de alguns capítulos lidos. POR QUE EU TINHA PARADO? O LIVRO ESTÁ QUASE
ME MATANDO! Sim, essa foi minha reação. Depois que passa essa parte chata do
começo, você não consegue largar o livro. Você fica presa de um modo transformante,
querendo ler mais e mais.
Aos poucos, você começa a se
apaixonar por Peregrima, uma alma (não no sentido alienígena) extremamente boa
e apesar de estar confusa e com medo, sua compaixão a leva a não querer tirar
Melaine de sua mente.
Melaine é de difícil convivência. Ao
contrário de Peg, Melaine é teimosa, luta pelo que quer e por quem ama, não se
importando se precisar passar por cima de alguém para salvar aqueles que são
especiais para ela.
E é justamente por isso que ela
começa a jogar suas memórias na mente de Peg, fazendo-a aos poucos começar a
amar Jamie, irmão de Melaine, como seu próprio irmão e se apaixonar por Jared,
namorado de Melaine.
É a partir daí que o livro realmente
fica emocionante. Melaine e Peg se juntam para ir a busca daqueles que amam e
tem a esperança de encontrar o Tio Jeb e mais alguns humanos sobreviventes.
Quando ela os encontra, o livro fica
ainda mais emocionante, porque podemos ver a interação da Peg com os humanos,
tanto pelos olhos dela, como os de Melaine e a reação dos humanos por ter uma “alma”
entre eles.
Stephenie Meyer consegue mesclar
todos os tipos de sentimentos nesse livro. Você fica confusa com a onda de
sentimentos tão diferentes que te abate durante a leitura, querendo ter aqueles
personagens para você. Tem horas que você morre de raiva de um personagem (principalmente
o Jared no começo), assim como morre de fofura com o Ian e adquire um instinto
protetor com Jamie.
A autora criou algo diferente e
dessa vez, parece que há mais publico gostando de suas ideias, ao contrário do
que aconteceu com a Saga Crepúsculo. Stephenie cresceu muito escrevendo esse
livro e isso é perceptível a cada página. Sua história é renovadora e sua
escrita está melhor. Acredito sinceramente que este livro irá abrir portas para
um novo tipo de fã.
A história é muito bem contada e por
ser um livro grande, acha que será cansativo, mas é o contrário. Você não
consegue parar e quer saber desesperadamente o que está por vir, saber mais da
vida dos humanos e dos alienígenas, sendo transportado para aquele mundo
fascinante.
Eu li o livro quando ele lançou aqui
no Brasil e sou aquela fã fervorosa do livro. Reli ele pela terceira vez devido
o lançamento do filme e como as últimas duas últimas vezes, acabo a última
página desejando por mais IMEDIATAMENTE (querida Steph, por favor, escreva logo
a continuação. Estou esperando desde 2009. Muito obrigada).
A Hospedeira é um outro nível de leitura,
algo totalmente novo mesmo. Temos um
cenário futurista com alienígenas e no meio de tudo isso, temos um triângulo
(ou quadrado) amoroso que é de tirar o fôlego.
Algo que gostei muito é o modo que
os humanos são descritos. Por um lado, são violentos e egoístas, mas ainda assim,
temos capacidade de amar. Um exemplo disso é a própria Melaine, que vemos que
as vezes é bem furiosa e tem instintos assassinos (não de um modo ruim), mas
que consegue amar intensamente. E é ai a grande pegada. Peregrina descobre que
apesar de estar em diversos mundo, por mais violenta que a Terra seja, somente
humanos consegue ter sentimentos tão fortes, inclusive o amor. E é por esses
sentimentos que ela é arrastada e começa a gostar e até mesmo compreender os
humanos.
Garanto que se ler A Hospedeira, não
irá se arrepender. O começo é chato, mas depois que embala na leitura, irá amar
e se apaixonar por essa leitura intrigante. Quem desistiu de ler, tente pegar o
livro de novo e ir até o fim. Quem ainda não leu, fica a dica.
Nota: 5 estrelas
Mavi Tartaglia
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