domingo, 10 de fevereiro de 2013

CRÍTICA: OS MISERÁVEIS E AS AVENTURAS DE PI



LES MISERÁBLES
Sinopse: “Hugh Jackman interpreta o ex-prisioneiro Jean Valjean, perseguido por décadas pelo implacável policial Javert (Crowe) depois que ele viola sua liberdade condicional. Quando Valjean concorda em cuidar de Cossete, a jovem filha de Fantine (Hathaway) que é funcionária de uma fábrica, suas vidas mudam para sempre.
O musical em cartaz há mais tempo em todo o mundo leva sua força para as telas na interpretação arrebatadora e espetacular de Tom Hooper da história épica de Victor Hugo. Com astros e estrelas internacionais e canções adoradas – incluindo “I Dreamed a Dream”, “Bring Him Home”, “One Day More” e “On My Own” – Os Miseráveis, o espetáculo dos espetáculos, renasce agora como a melhor experiência musical cinematográfica de todos os tempos.”
Hoje em dia, é difícil achar filmes que são musicas e de grande sucesso. Se pararmos para pensar, os únicos musicais que temos em filme são grandes clássicos no cinema ou na Broadway.
E depois de muito tempo sem um musical na tela, ano passado foi lançado o filme Les Miserábles, inspirado na obra de Victpr Hugo e no famoso musical.
Alguns filmes musicais, geralmente, além das músicas que pegam grande parte do filme, temos as falas. Mas não é isso que acontece em Les Miserábles. É quase impossível encontrar uma fala no filme e quando se encontra, geralmente ela é ritmada. O filme foi feito inteiramente com músicas, sendo elas mesmas autoexplicativas, contando a história ao telespectador.
No começo, para quem não é acostumado a assistir musicais, é algo diferente, mas você é rapidamente capturado pelas histórias dos personagens e com o desenvolvimento do filme.
O elenco foi maravilhosamente escolhido. A atuação de todos junto com suas vozes, deu uma emoção no filme que tem horas que é difícil respirar. Hugh Jackman, apesar de não ser um cantor com um vozerão, emociona em suas cenas, colocando toda a emoção no personagem e nos fazendo sentir o que ele passa na história. As melhores músicas, que me tiraram o fôlego e me deixaram com lágrimas nos olhos, foram com certeza I Dreamed a Dream, cantada por Anne Hathaway e que me tirou diversas lágrimas. A participação fa atriz foi pequena no filme, mas só por essa música, vale muito a pena. Outra revelação que gostei foi Samantha Banks, que também emocionou cantando On my Own e que arrebentou em seu papel.
O final do filme foi de tirar o fôlego. Na última música, foi impossível de controlar as lágrimas. A cena foi emocionante, fazendo os pelos de seus braços se arrepiarem com a performance perfeita dos atores.
As vozes dos atores realmente me impressionou, assim como as emoções que eles conseguiram transmitir através das canções. Havia momentos que se você fechasse os olhos, podia imaginar estar em um teatro ouvindo uma ópera.
Les Miserábles, um dos preferidos ao Oscar, realmente merece aplausos em pé. Um história emocionante embalando por músicas mais emocionantes ainda.  
Nota: 5 estrelas





AS AVENTURAS DE PI
            Sinopse: “Pi Patel (interpretado por Suraj Sharma, que venceu uma disputa com 3 mil concorrentes pelo papel) é filho do dono de um zoológico localizado em Pondicherry, na Índia. Após anos cuidando do negócio, a família decide vender o empreendimento devido à retirada do incentivo dado pela prefeitura local. A ideia é se mudar para o Canadá, onde poderiam vender os animais para reiniciar a vida. Entretanto, o cargueiro onde todos viajam acaba naufragando devido a uma terrível tempestade. Pi consegue sobreviver em um bote salva-vidas, mas precisa dividir o pouco espaço disponível com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre de bengala chamado Richard Parker.
            Life of Pi é aquele filme que as pessoas acham ao extremo: ou gostam extremamente ou odeiam extremamente. No meu caso, gostei extremamente.
            O filme, que você pode perceber em muitos momentos um cunho religioso, nos passa lições de vida durante toda a história que Pi conta. Para pessoas extremamente religiosas ou que não seguem uma religião, pode não gostar muito desse lado do filme, considerando que o protagonista possui três religiões. Mas quando o filme pega a parte principal, isso é esquecido um pouco de lado e quando aparece, você está tão envolvido pela história e situação de Pi que consegue entender a fé que o garoto possui.
O filme começa com um escrito que vai até Pi mandado através de um amigo deste para ouvir a história que ele tem para contar. Segundo o amigo de Pi, é uma história que poderia te fazer até acreditar em Deus.
            O filme tem alguns momentos de humor, mas sua mensagem principal é passar uma lição de vida. E olha, que lição! Acabei de ver o filme com lágrimas pelo meu rosto, emocionada pela história de Pi e do tigre Richard Parker.
            A trilha sonora foi muito boa, em algumas partes ajudando-nos a mergulhar na cena. Mas o que mais gostei do filme foi a fotografia e cenografia que tinha horas que te fazia ficar de queixo caído, de tão perfeito e magnifico que era. 
            Algo interessante e bem explorado no filme é a questão da sobrevivência de um humano preso em um bote com um tigre no meio do Oceano Pacífico. Imagina você estar nessa situação. Ao decorrer do filme, você pode captar como tanto Pi quanto Richard lutam pela sobrevivência e aos poucos têm que aprender a conviver um com o outro.
            O final, quando o Pi mais velho termina de contar a história ao escritor, é o momento que você entende o que ele quis dizer no começo sobre acreditar em Deus. As palavras que o protagonista usa te fazem sentir uma emoção que é quase impossível segurar as lágrimas.  Ele diz ao escritor que sua história é algo parecido com Deus: você não vê pessoalmente, não há provas, mas você acredita nele. O jogo de palavras misturadas com os sentimentos do personagem te faz parar para pensar e quando vê, pode estar chorando. Esse final realmente me emocionou e me deixou sem palavras. 
            Gostaria de ter tido a oportunidade de assistir ao filme em 3D, algo que alguns críticos disseram que deu uma emoção muito maior em algumas cenas, principalmente a do naufrágio.
            Vou acabar essa crítica com umas das frases mais tocantes do protagonista: “A vida é um ato de desapego, mas o que magoa é não poder dizer adeus.” 
            Para quem ainda não assistiu, não perca tempo. As aventuras de Pi é um filme maravilhoso e que tem o poder de tocar sua alma.
            Nota: 5 estrelas

Mavi Tartaglia 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Guardiões da Galáxia Vol. 3 - Uma despedida agridoce

  Guardiões da Galáxia Vol. 3 chegou nesta quarta-feira (04/05) aos cinemas para fechar a trilogia do grupo, dirigido e roteirizado por Jame...