sábado, 9 de fevereiro de 2013

CRÍTICA: AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL


LIVRO



Sinopse: "Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo."

O livro é inteiramente contado através de cartas que Charlie envia para um amigo (que eu realmente gostaria de saber quem é, mas infelizmente não é revelado). As cartas contam sobre os acontecimentos que Charlie passa dia a dia no seu primeiro ano no Ensino Médio. No começo do livro, Charlie conta sobre seu único e melhor amigo, Michael, que acabou se suicidando. Agora Charlie tem que descobrir um modo de sobreviver ao colegial sozinho. Mas tudo muda quando ele conhece Patrick e Sam e com eles, começa a fazer novas amizades de descobrir o que a adolescência guarda para todos nós.
O livro, por ser escrito através de cartas de um adolescente, é uma leitura fácil, sem uma linguagem complicada. Mas infelizmente, por mais da metade do livro, ele não chama muito sua atenção. Você não fica presa na história, desejando acabar com ela rapidamente.
Acho que o livro fica realmente interessante pelo final, quando Charlie começa a ser afastado do grupo e quando volta, tem que enfrentar o fato de que seus amigos irão para a faculdade. Peguei-me na maior parte do livro torcendo para Sam e Charlie ficarem juntos, ou que algo acontecesse para me prender no livro. Muitas vezes, fiquei irritada com o protagonista que parecia que só sabia chorar e isso foi me revoltado.
No geral, o livro é bom. Não é aquela leitura que irá te envolver completamente, não querendo largar o livro. Mas é um livro calmo, para quando você quer ler algo fácil, com calma.
Há algumas passagens do livro que te faz parar para pensar, que faz você pensar um pouco em como está vivendo, toda a confusão que está nossas mentes na adolescência. Uma das passagens do livro que gostei e me fez pensar foi essa:
"Havia aquela parte em que um personagem, que é um arquiteto, está sentado em um barco com seu melhor amigo, que é magnata da imprensa. E o magnata da imprensa diz que o arquiteto é um homem muito frio. O arquiteto replica que, se o barco estivesse afundando, e só houvesse espaço para uma pessoa no bote salva-vidas, ele desistiria de sua vida com prazer em favor do magnata. E depois ele diz algo como…
“Eu morreria por você. Mas não viveria por você.”
Algo assim. Acho que a ideia é que cada pessoa tem de viver para a própria vida e depois escolher compartilhá-la com outra pessoa."
Enfim, o livro não é uma leitura perdida, mas se você espera um livro envolvente que te manterá acordada a noite, esse não é o livro adequado. 

Nota: 3

FILME


Estranhamente, esse é um daqueles filmes que ele é melhor do que o livro. Uma das coisas que gostei que o Charlie interpretado por Logan Lerman, apesar de ter todas as características do livro (tímido, invisível, perturbado , ele não chora por qualquer coisa, algo que me irritava tremendamente no livro. 
Eu amei a performance do ator que faz Patrick. Ele deu vida ao personagem, criando momentos cômicos e sendo um personagem que cativa sua atenção. Apesar de Emma Watson ser completamente diferente da descrição da personagem em relação a aparência, ela detonou como personagem de Sam. Realmente amei o modo que ela retrata Sam, com toda aquela animação e não somente cativando a atenção de Charlie, mas a de quem está assistindo o filme também.
O filme foi perfeitamente bem feito. Os atores - todos, sem exceção - detonaram em seus personagens. O que eu gostei do filme é que ele passa sentimentos para você que você não encontrou enquanto estava lendo o livro. A ótima trilha sonora do filme ajudou muito, fazendo você entrar no clima do filme e dos sentimentos dos personagens.
Houve muitas cenas do filme que eu ri muito, assim como teve cenas que me deixou com lágrimas nos olhos, como a cena que Charlie conversa com Sam no quarto dela, ou a cena final do filme, quando Charlie sobe na camionete e abre os braços, sentindo o vento em seu rosto. Essa cena em especial, abalada pelo som de Heroes ficou perfeita, me deixando arrepiada e com lágrimas nos olhos.
O que tenho para dizer depois de assistir o filme é que os atores estão de parabéns. Todos deram vida e emoção ao seus personagens. A história foi muito bem escrita e contada nas telas, despertando emoções em você, com ou sem a trilha sonora perfeita ao fundo.

Nota: 5

Mavi Tartaglia



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