O Lado Bom da Vida
Sinopse: “Por conta de
algumas atitudes erradas que deixaram as pessoas de seu trabalho assustadas,
Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo na vida: sua casa, o
emprego e o casamento. Depois de passar um tempo internado em um sanatório, ele
acaba saindo de lá para voltar a morar com os pais. Decidido a reconstruir sua
vida, ele acredita ser possível passar por cima de todos os problemas do
passado recente e até reconquistar a ex-esposa. Embora seu temperamento ainda
inspire cuidados, um casal amigo o convida para jantar e nesta noite ele
conhece Tiffany (Jennifer Lawrence), uma mulher também problemática que poderá
provocar mudanças significativas em seus planos futuros.”
Com oito indicações ao Oscar, O Lado
Bom da Vida é um daqueles filmes que você supostamente irá assistir e não irá
se decepcionar. De fato, você não se decepciona. Com interpretações profundas,
os atores te levam para dentro das vidas problemáticas e loucas de seus personagens,
chamando sua atenção durante todo o filme com momentos que você fica surpresa
pela profundidade dos diálogos, sem deixar nunca o lado cômico do filme.
E apesar disso, tenho que dizer que
fiquei decepcionada ao sair do cinema. Dessa vez, não aumentei tanto minhas
expectativas, mas ainda esperava por algo um pouco mais de tirar o fôlego
devido suas indicações ao Globo de Ouro e Oscar e as críticas positivas do
filme. Mas a sensação que deixei o cinema foi que o filme tinha algo para
oferecer, uma lição de vida que somente alguns percebem, mas não foi aquela emoção
que te deixa arrepiada. O Lado Bom da Vida é aquele filme gostoso para se
assistir em uma tarde de chuva debaixo das cobertas com uma boa companhia para
dar algumas risadas. É um filme bom, mas não excepcional.
A cena chave do filme, a competição
de dança, foi cômica e gostosa de se ver e o final que agrada a todos, levando
os personagens a se encontrarem e ter seus finais felizes em sua própria forma
louca.
Ainda assim, não consigo entender
porque tanta badalação ao torno do filme. Concordo que os atores foram muito
bons, desenvolvendo seus personagens com afinco e emoção, mas comparado aos
outros filmes que estão na lista do Oscar e que eu já assisti até agora, não
passa tanta emoção quanto aos outros, assim como não vejo uma grande produção
envolvida, o que me leva a pensar: por
que o filme está na lista do Oscar? Não quero ofender ninguém que gostou,
porque eu também gostei bastante do filme. O Lado Bom da Vida me cativou de
forma diferente, embalando-me com a ótima trilha sonora e as atuações, mas ao
meu ver, ainda não consegui chegar em sua profundidade para entender porque
tanto falam do filme, levando-o até a ser um dos preferidos ao Oscar.
Em resumo, não é aquele filme que
esperamos nas premiações – grande, majestoso e de tirar o fôlego – mas é
cativante de uma forma diferente, uma comédia romântica pouco comum e ainda
assim, de muito bom gosto.
Nota:
4 estrelas
Lincoln
Sinopse: “Baseado no livro “Team of Rivals: The
Genius of Abraham Lincoln”, de Doris Kearns Goodwin, o filme se passa durante a
Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória do Norte. Ao mesmo tempo
em que se preocupava com o conflito, o o 16º presidente norte-americano,
Abraham Lincoln (Daniel Day-Lewis), travava uma batalha ainda mais difícil em
Washington. Ao lado de seus colegas de partido, ele tentava passar uma emenda à
Constituição dos Estados Unidos que acabava com a escravidão.”
Em primeiro
lugar, está difícil escolher um preferido no Oscar esse ano. Lincoln é o quarto
filme da lista que assisto e junto com Os Miseráveis e AS Aventuras de Pi, é
aquele filme que prende sua atenção, levando-te para um filme excepcional e com
atores que fazem você se arrepiar com a intensidade de seus personagens.
Daniel Day-Lewis incorpora
o papel do ex-presidente dos EUA e com uma voz grave que chama sua atenção, ele
desenvolve discursos de te fazer ficar de boca aberta com a intensidade e
mensagem passada. Sally Field, que faz a mulher de Lincoln,
pode não aparecer em muitas cenas, mas as em que aparece é para marcar presença
e ser a atenção da cena. Uma das melhores cenas do filme foi em que os dois
atores se encontram no quarto e começam a discutir sobre a ida do filho para a
guerra. Essa cena mostrou intensidade na interpretação de ambos os atores,
prendendo-te no que se passava e te deixando sem falas no final. Outros atores
que se destacaram no filme foram Lee Jones
e Lee Pace, que nas cenas que aparecem, souberam dar um show de atuação.
Além das atuações impecáveis, o
cenário e figurino estão de parabéns. Nada é deixado passar e ambos ajudam a
dar um clima a história, favorecendo a fotografia e sendo tão perceptivelmente
rico que é difícil deixar passar em branco.
Lincoln é aquele filme que você
acaba de assistir e não tem como não parar para pensar. Vendo o filme em uma
época que já existem leis assegurando igualdade entre todos, é estranho e
emocionante ver a luta pela liberdade dos escravos, assim como a polêmica do
voto ser permitido para negros e mulheres.
PS: Não posso deixar de falar que Steven Spielberg é um gênio e mais uma vez nos mostra como seu trabalho é
incrível.
Nota:
5 estrelas
Mavi Tartaglia
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