Pandemônio
Sinopse: Dividida entre o
passado — Alex, a luta pela sobrevivência na Selva — e o presente, no qual
crescem as sementes de uma violenta revolução, Lena Haloway terá que lutar
contra um sistema cada vez mais repressor sem, porém, se transformar em um
zumbi: modo como os Inválidos se referem aos curados. Não importa o quanto o
governo tema as emoções, as faíscas da revolta pouco a pouco incendeiam a
sociedade, vindas de todos os lugares… inclusive de dentro.
No começo eu estava meio desanimada para ler esse livro.
O primeiro livro, apesar de ser bom, havia me deixado meio decepcionada com a
narrativa. Mesmo assim, eu estava louca para saber a continuação porque Delírio
acabou no momento perfeito (só porque a narrativa estava começando a melhorar).
Mas então eu fui
pega de surpresa. Logo no começo, já é possível perceber que as falhas de
narrativa que existiam em Delírio haviam sido superadas: a autora não fica mais
presa à mesma coisa, a narrativa de monótona vai para ágil.
O segundo livro é
totalmente diferente no primeiro. Enquanto o primeiro tinha como cenário as
cidades onde a cura era algo comum, agora nos encontramos na Selva entre os
Inválidos com a própria Lena se tornando uma.
Logo no começo, você
já é pego pela narrativa. As dificuldades e sentimentos de Lena são muito bem
descritos, tanto os sentimentos em relação a Alex que ela acredita estar morto
quanto seus sentimentos em relação à Selva que aos poucos começa a se tornar
seu lar.
Houve dois pontos
positivos nesse livro: a narrativa. Como disse antes, agora ela está ágil e
acredito que isso seja pelo modo como os capítulos foram montados: antes,
contando o que Lena passa na Selva até ela moldar a nova Lena, e o agora,
contando o que está acontecendo no momento. Os capítulos foram escritos de modo
que terminavam na parte mais importante e você queria saber o que aconteceria a
seguir, mas o capítulo seguinte dava continuação ao capítulo anterior, o que me
deixava desesperada e me fazia ler mais rápido.
O segundo ponto foi a
entrada de novos personagens com MUITO
potencial. Alguns foram explorados pouco nesse livro, mas vemos que eles terão
grande espaço no terceiro e último livro da série.
Agora dois
personagens que fizeram falta foram Hana e Alex. Alex ao mesmo tempo que foi
bom, foi ruim. Foi bom porque o livro acaba de forma inesperada e nós passamos
o livro inteiro acreditando que ele estava morto. Agora Hana eu acho que fez
muito falta. Além de ser melhor amiga de Lena, ela é uma personagem que desde o
primeiro livro vemos que tem potencial para se tornar uma Inválida e lutar
contra o governo.
Uma coisa que me
irritou muito nesse livro em alguns momentos foi o modo que Lena se comporta em
relação à Juliam. Ela está se apaixonando por ele, algo que já me irrita porque
sou Team Alex, mas algo que me deixou extremamente nervosa foi o modo como o
tempo todo ela está comparando os dois personagens, mesmo eles sendo totalmente
paralelos.
Assim como em Delírio, a autora terminou o livro em um
ponto chave, o que me deixa ainda mais ansiosa para ler o terceiro livro. Eu
terminei esse livro em choque e desesperada por mais. Sabe a depressão
pós-livro que acontece às vezes com leitores? Eu tive após terminar Pandemônio.
Até agora estou chocada com o quanto eu gostei desse
livro – principalmente por não ter gostado tanto do primeiro. Como eu disse
para a minha amiga: “Eu não esperava me apaixonar por esse livro. Não era para
eu me apaixonar.”
O final deixou muitas perguntas em aberto que com certeza
serão exploradas no terceiro livro, deixando-o ainda melhor que Pandemônio. Em primeiro
lugar, vamos ver a luta de Lena para saber com quem vai ficar: Alex ou Juliam. Em
segundo, vamos descobrir mais do paradeiro da mãe dela e em terceiro, o grande clímax
do que acontecerá com o governo e se eles conseguirão lutar contra a cura e
erradicar com ela de vez.
Enfim, não vejo a hora de ler o último livro (vou me
segurar para não baixar) e saber o gran finale dessa história.
Há pouco tempo saiu notícia de que os livros seriam
adaptados para uma série de TV da Fox. As gravações já começaram e temos no
papel principal a atriz Emma Roberts. Haverá algumas mudanças (que acredito que
serão até melhores), mas também será fiel pelo que vi. Não vejo a hora de
estrear.
Nota: 5
Para quem quiser, a crítica de Delírio, primeiro volume
da série: http://mavitartaglia.blogspot.com.br/2012/06/livro-delirio.html
Mavi Tartaglia
Nenhum comentário:
Postar um comentário