Guardiões da Galáxia Vol. 3 chegou nesta quarta-feira
(04/05) aos cinemas para fechar a trilogia do grupo, dirigido e roteirizado por
James Gunn. Anos atrás, quando foi anunciado o filme deste grupo tão peculiar, muitos
não acreditavam que um filme bom poderia ser feito. O filme não foi só bom, mas
ótimo, conquistando diversos fãs e mostrando o talento de James Gunn,
tornando-se um dos maiores destaques do MCU.
Depois dos acontecimentos de Ultimato, havia algumas pontas
soltas para encerrar esta história. E a conclusão da trilogia foi fechada não
somente com chave de ouro, tornando-se a melhor do Universo Marvel, mas
entrando para os melhores filmes da saga.
O plot da história parece bem simples. Em sua nova missão,
os Guardiões precisam encontrar uma forma de salvar um dos seus, Rocket.
Atravessando a galáxia, eles descobrirão um vilão muito pior do que imaginavam
e a história de origem de seu amigo.
Eu fui extremamente bem preparada para chorar e sofrer neste
filme, e mesmo assim não foi o suficiente. James Gunn criou uma história incrivelmente
sensível e emocional. Sua habilidade em nos tocar com essa história está de
parabéns, principalmente por ele não ter abandonado seu lado cômico e humor
escrachado tão marcante em seus filmes. Em um momento você estava rindo e no
próximo precisando de um abraço em meio as lágrimas. Gunn deu uma aula com
maestria de como fazer uma história tocante e emocionante misturada com pitadas
de humor, sem nenhum dos dois lados ficarem forçados e bem natural.
O grupo continua com um carisma incrível, que me fez ser tão
fã dos filmes. Individualmente ou em grupo, nós os adoramos! Os atores, todos,
sem exceção, dão um show em seus papéis, intensos e mostrando que nasceram para
seus personagens (esqueçam o ressentimento por Quill. Chris Pratt sempre será o
Star Lord!). Marvel, mais uma vez, mostra que não erra nunca em uma escalação e
os atores se entregam demais!
Os personagens continuam com seu desenvolvimento incrível,
indo de encontro com tudo que foi mostrado até agora. Vemos Quill lutando
contra o luto de perder sua Gamora, ao mesmo tempo que tem esperança e tenta
entender que a Gamora de sua realidade não é a mesmo que se lembra. Já esta,
vemos um novo lado se seu caminho nunca tivesse cruzado com os Guardiões, mas
ainda há pequenos pedaços que lembra aquela que conhecemos.
Mantis e Drax são um ótimo alívio cômico. Mantis tem um
visão muito boa dos sentimentos de todos e sabe colocar isso em meio ao grupo,
sabendo dos talentos de cada um e como são especiais de seu modo para a harmonia
de um todo. Drax é uma grata surpresa. Ele continua não sendo aquele que muitos
esperavam, Drax, o Destruidor, mas entendemos qual foi o caminho que Gunn quis
traçar desde o primeiro filme. E sim, seu final me fez chorar.
Nebula continua sua jornada de se descobrir quem realmente
agora que foi desvinculada de Thanos e se mostra uma peça importante no grupo, e
fazendo uma ponte entre Quill e Gamora. Tenho que dizer que adoro o jeito todo
irritado e tentando se fazer de durona, mas que protege quem ama.
Grott é perfeito sempre! Sem mais! Cosmo é uma fofura e preciso
mais dela!
Mas o filme é inteirinho do Rocket! O personagem roubou a cena em cada suspiro que dava, tanto em seu passado sendo desvendado quanto no presente. Desde o Vol. 1, James
Gunn tem nos preparado para o passado do personagem. Ele não poderia vir em
momento melhor. Rocket sempre foi meu personagem preferido, principalmente após
Ultimato. Mas o que foi feito neste filme, meu Deus, o lencinho ficou o tempo todo
na mão. E que sensibilidade ao mostrar sua história!
E em sua história que nos é apresentado o vilão, o Alto Evolucionário. E QUE VILÃO! Com certeza, o mais odiado de todo o MCU. Enquanto outros foram montados pelas circunstâncias e nós até entendemos um pouco seu lado, este é puro egoísmo e sadismo. Ele não possui arrependimentos e nem escrúpulos. Não tem dó e faz de tudo para conseguir o que quer: um mundo utópico perfeito. Chukwudi Iwuji está de parabéns em sua atuação!
E não podemos não mencionar
o que faz Guardiões os Guardiões, além do humor. A trilha sonora está perfeita
e marcante! Aliás, a primeira cena já começa com um tiro no coração com Creep e
um plano sequência fantástico! Como sempre, a MixTape possui um papel importante
na história, indo muito além do que somente o fundo sonoro para cenas
marcantes.
As cenas de ação e lutas
também estão excelentes, muito bem coreografas e cheia de emoção (com um
fundinho de humor). O visual também está um deleite! CGI muito bem feito e
imperceptível, mostrando cenários extremamente belos e coloridos, outra marca
dos Guardiões. Tive a oportunidade de ver em IMAX e isso tornou a experiência
ainda melhor.
O único adendo é o papel de
Adam Warlock. O personagem é pouco explorado e tinha muito mais potencial, porém
acredito que esta foi somente uma introdução e ele poderá ter mais
desenvolvimento em futuros filmes. Além disso, ele não era o foco principal do
filme, somente um motor para algumas situações. Mesmo assim, Will Poulter está
muito bem como o personagem.
Por fim, Guardiões da Galáxia
3 encerra um ciclo de forma grandiosa, tornando-se uma despedida agridoce.
Enquanto há esperanças de um futuro filme, ou pelo menos participações, sabemos
que Guardiões da Galáxia nunca será o mesmo sem James Gunn!
E sim, o céu realmente é
lindo!
Mavi Tartaglia