quarta-feira, 29 de dezembro de 2021
quinta-feira, 2 de dezembro de 2021
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
sábado, 20 de novembro de 2021
Riso Sagrado
Desde pequenas, as mulheres têm um papel a representar à
sociedade. Isso nos é colocado desde à infância.
Cruzem as pernas, falem baixo, não soltem gargalhadas.
Meninas devem ser comportadas e discretas. O quanto perdemos de nossa essência,
nossas raízes, com todos esses caminhos? Nós somos soterradas, cada vez mais
fundo, por uma sociedade hipócrita e machista. Nossa essência sagrada fica tão
no fundo que quase a perdemos. Mas ela ainda está ali.
Está ali quando decidimos dizer não. Quando olhamos
para o mundo e dizemos BASTA! Um grito que está ecoando para todas as nossas
irmãs ao redor do mundo. A mulher já foi maltratada, mutilada, violentada por
tempo demais. De tantas formas que são incontáveis.
Chega de nos comportamos como outros querem. Nós somos
mulheres. Ser mulher, desde o momento que nascemos, é ser guerreira. É secar a
lágrima em meio a batalha e seguir enfrentando seus demônios. Ser julgada, ter
o dedo apontado, ser escondida. Bom, eu venho aqui para mostrar o dedo do meio
para vocês.
Eu vou rir alto. Vou sentar como quero. Dizer o que quero.
Vestir o que quero. O obsceno me fascina. A selvageria me liberta.
O caos está em todo lugar. O caos está dentro de nós, mas em
meio a ele nos encontramos. No meio de nós nos encontramos. As mulheres sabem
que quando estamos em grupo há algo que acontece ali. Segredos e risadas
compartilhadas somente entre nós. A verdade, no fim das contas, é que eles têm
medo de nós.
Os sorrisos falsos... Esses são guardados para essa
sociedade que vivemos. O riso verdadeiro é guardado para pessoas especiais,
momentos especiais. E o riso sagrado... Ah, esse é guardado para os momentos
que vamos explodir, quando só há escuridão e parece não haver mais nada.
Derruba suas lágrimas, mulher. Derruba o que tiver que
derrubar. Quebra prato, quebra a casa. Quebre até achar que está rachando
também. A tempestade passa. E o riso, no fim do dia, é o único que resta.
Sinta-se florescer de novo. Sacuda as saias e tire a poeira.
Ele é a cura através do prazer, do que te deixa em júbilo.
Não precisa ser sexual. Quando falamos no prazer, imediatamente nos levamos
para o sexual. É esquecido que há diversas formas de ter o prazer, de ter
aquela sensação de vida crescendo dentro de si. As vezes chegar até esse prazer
é muito simples. É criar uma conexão com o que vai além. É por isso que danço.
E através da dança, me reuni com mulheres tão fortes e sujas quanto eu. Com
elas o riso sempre é melhor. E o riso na dança... Esse riso chega a ser
afrontoso!
Falam que quando você conta uma história triste, mas rindo
da situação, é porque você encontrou a cura. A mulher tem esse poder. Encontrar
a cura onde parece não haver. Criar onde parece infértil. Ser mulher é ter
vida. O prazer... Há prazeres que somente o riso traz. Há risos que são tão
esplêndidos e vem de um lugar tão no fundo que dói a barriga. Esse riso quebra
as barreiras. É o riso que traz as lágrimas de cura. O riso sagrado.
domingo, 7 de novembro de 2021
sábado, 6 de novembro de 2021
Café de vó
sábado, 30 de outubro de 2021
Ancestrais
Música: Los Cuatro Elementos
É dia 31 de outubro. A noite que espero todos os anos. O dia dos mortos. Um ciclo sem fim. Tudo que começa tem um fim. E todo fim é um novo começo. Do pó nasceu, ao pó retornará. Esse é o dia que o véu fica mais fino, quando a comunicação entre os mundos é um pequeno fio de prata. Basta tocar para chegar até lá.
O sol está se pondo. Ao contrário da movimentação na cidade que já começou, as crianças vestindo fantasias e pedindo doces; a floresta está calma. Uma leve brisa faz as folhas se mexerem. Retiro meus sapatos e deixo meus pés tocarem o chão, sinto a terra úmida o acolhendo.
Sento-me e fecho meus olhos e abro os braços, deixando as palmas para cima. Visualizo raízes saindo de meu tronco, descendo por minhas pernas, alcançando a terra. Minhas raízes, que sustentam todo o meu ser. Elas descem profundamente, adentram a terra e fazem seu caminho cada vez mais para baixo. Passam a terra, as rochas, a água. Cavam e cavam em busca do fogo que alimenta o centro da Terra. O fogo que dá vida, energia.
Sinto aquelas chamas aquecendo, subindo por minhas veias. Meu coração se acelera, um tambor dentro de mim. BUM BUM... O som ressoa em meus ouvidos. Minha caixa toráxica parece que vai explodir de tanta energia. A brisa não é mais fria em minha pele. Sinto que estou em chamas.
Abro meus olhos cheia dessa nova energia milenar. Pego o tambor ao meu lado e começo a tocar suavemente, baixo. Devagar, aumento o som e bato no ritmo do meu coração. A floresta parece brilhar sob o sol poente.
O sol está abaixando. Deixo o tambor no chão e me levanto, erguendo as mãos para o céu. E as chamo. Chamo cada uma delas, cada pequena partícula que fazem parte de mim. Cada uma que já seu foi e deixou sua marca. Uma. Duas. Três... Milhares.
As mulheres são jovens, mas todas têm cabelos longos. Alguns são brancos. Mas todos os rostos são jovens. Todas sorriem e dançam ao seu ritmo ao meu redor, me convidando a me juntar à elas. Sinto os puxões pelas raízes. Em seus olhares, posso reconhecer eu mesma. Cada mulher que criou e pariu. Cada mulher que derramou seu sangue. Tudo para eu nascer.
Não me sinto mais em meu corpo. Sinto algo ressoante em minha mente, fazendo meus membros se mexerem por vontade própria. É quase como se não tocasse o chão. Lágrimas descem por meu rosto. Elas me cercam em seu círculo de segurança e amor, lembrando-me de continuar. Lembrando-me da chama viva dentro de mim, que queima, que ânsia por paixão e vida.
Meus joelhos cedem e caiu deitada. Abro os olhos. Está escuro. Meu rosto está molhado. Meu coração bate depressa. E tudo que sinto é carinho e força. Estou sozinha. Elas se foram. Abro um sorriso. Estou sozinha, mas nunca só.
À todas as mulheres que encontram força todos os dias para lutar. A chama está acessa dentro de você. Deixe suas raízes te fortalecerem e chame suas ancestrais. A raiz é profunda e forte.
domingo, 17 de outubro de 2021
quinta-feira, 7 de outubro de 2021
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Resenha Corte de Espinhos e Rosas 1 e 2
Resenha de Corte de Espinhos e Rosas
Resenha de Corte de Névoa e Fúriaterça-feira, 21 de setembro de 2021
terça-feira, 13 de julho de 2021
Crítica Filme Viúva Negra
O filme teve sua estreia no último dia 09 e está bombando nas redes sociais! Vejam o que achei!
terça-feira, 1 de junho de 2021
Resenha O nascer do amor - Série Jardim dos Girassóis
Sinopse: "O que fazer quando o direito de tomar as principais decisões sobre o futuro não está nas suas mãos?
Quando o filho mais velho entre quatro irmãos, João Gabriel, se vê responsável não só pela sua subsistência, mas, de toda a sua família, como ele vai decidir entre a responsabilidade e o amor?
Quando a jovem Ana Flor se depara com a consequência de suas próprias decisões, ela só pode esperar que o Amor que se enraizou no seu corpo e germinou, resista a ausência e a distância.
Neste primeiro volume da série, descobriremos que os sonhos românticos da adolescência, na melhor das hipóteses, servirão como uma base sólida para a maturidade.
E em outras…"
quinta-feira, 13 de maio de 2021
Crítica Shadow And Bone (Netflix)
Guardiões da Galáxia Vol. 3 - Uma despedida agridoce
Guardiões da Galáxia Vol. 3 chegou nesta quarta-feira (04/05) aos cinemas para fechar a trilogia do grupo, dirigido e roteirizado por Jame...
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